Economia

Desemprego na zona do euro atinge recorde

Apesar do crescimento de desempregados, preços ao consumidor caíram fortemente em novembro


	Manifestantes protestam contra o desemprego em Madri, na Espanha: eurozona fechou o período com outras 173 mil pessoas desempregadas 
 (REUTERS/Sergio Perez)

Manifestantes protestam contra o desemprego em Madri, na Espanha: eurozona fechou o período com outras 173 mil pessoas desempregadas  (REUTERS/Sergio Perez)

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Da Redação

Publicado em 30 de novembro de 2012 às 08h40.

Bruxelas - O desemprego na zona do euro atingiu novo recorde em outubro, com outras 173 mil pessoas desempregadas, mas os preços ao consumidor caíram fortemente em novembro e deram certo alívio às famílias durante a recessão.

A inflação anual na zona do euro ficou em 2,2 por cento em novembro, informou nesta sexta-feira o escritório de estatísticas da União Europeia (UE) Eurostat, recuo ante a taxa de 2,5 por cento em outubro e abaixo do nível de 2,4 por cento previsto em pesquisa da Reuters.

Meses de sustentação da inflação combinada com desemprego recorde tornaram a vida de famílias endividadas ainda mais difícil, que sofrem a três anos com a crise de dívida pública que forçou governos e empresas a cortar empregos drasticamente.

Um dos menores aumentos na inflação dos preços de energia em um ano ajudaram a trazer a inflação ao consumidor para perto da meta do Banco Central Europeu (BCE) de próximo, mas um pouco abaixo de 2 por cento, segundo a estimativa da Eurostat.

Mas a economia da zona do euro, que este ano caiu em recessão pela segunda vez desde 2009, pode ter apenas uma fraca recuperação no ano que vem e os níveis de desemprego continuarão subindo, dizem economistas e autoridades.

"Nós ainda não saímos da crise", disse o presidente do BCE, Mario Draghi, nesta sexta-feira. "A recuperação para boa parte da zona do euro certamente começará na segunda metade de 2013", afirmou ele à rádio francesa Europe 1.

O desemprego subiu para 11,7 por cento em outubro, de acordo com a Eurostat, acima da taxa de 11,6 por cento em setembro e um aumento expressivo em relação ao nível de 9,9 por cento um ano antes, deixando quase 19 milhões de pessoas sem emprego.

Portugal, por exemplo, cortou mais que uma em vinte vagas no setor público nos primeiros nove meses de 2012, enquanto empresas, que variam de fabricantes de automóveis até grupos financeiros, anunciaram milhares de cortes de empregos desde setembro.

Ainda assim, os números gerais mascaram amplas diferenças pelo bloco de 17 países, com o desemprego na Áustria a 4,3 por cento da população ativa e os níveis de desemprego na Espanha a 26,2 por cento, o maior na Europa.

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