Economia

Desemprego na UE atinge nível mais baixo desde 2009

Entre os jovens com menos de 25 anos, a taxa de desemprego é de 18,6%, representando mais de 4 milhões de desempregados


	Desemprego: entre os jovens com menos de 25 anos, a taxa de desemprego é de 18,6%, representando mais de 4 milhões de desempregados.
 (Sebastien Berda/AFP)

Desemprego: entre os jovens com menos de 25 anos, a taxa de desemprego é de 18,6%, representando mais de 4 milhões de desempregados. (Sebastien Berda/AFP)

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Da Redação

Publicado em 1 de agosto de 2016 às 14h34.

Lisboa - A taxa de desemprego entre os 28 países da União Europeia (UE), fixada em 8,6%, atingiu seu nível mais baixo desde a primavera de 2009, segundo o Eurostat, escritório de estatística da UE.

Entre os jovens com menos de 25 anos, a taxa de desemprego é de 18,6%, representando mais de 4 milhões de desempregados.

Em maio deste ano, as taxas mais baixas (entre jovens) foram observadas em Malta (6,9%), Alemanha (7,2%) e República Checa (10,1%). As taxas de desemprego mais elevadas foram registradas na Grécia (50,4%, em março de 2016), Espanha (43,9%) e Itália (36,9%).

Em comparação com maio do ano passado, houve uma diminuição de 503 mil jovens sem ocupação.

O nível de desemprego total, que é medido entre pessoas de todas as idades, teve índice mais baixo registrado na República Checa (4%) e mais alto na Grécia (24%), seguida por Espanha, Croácia e Chipre.

Portugal está na quinta posição entre os países com maiores índices de desemprego, com 11,6%.

O Eurostat estima que mais de 21 milhões de homens e mulheres estavam desempregados em maio de 2016 na União Europeia. Na comparação com o mesmo período do ano anterior, houve redução de mais de 2 milhões de desempregados.

De acordo com a sondagem do Eurobarômetro, estudo requisitado pelo Parlamento Europeu, três entre quatro europeus pedem mais intervenção da União Europeia na luta contra a falta de postos de trabalho.

Diante disto, o presidente da Comissão Parlamentar do Emprego e dos Assuntos Sociais, Thomas Händel, pediu aos líderes da União que “reúnam esforços para garantir investimento e alta qualidade para a sustentabilidade laboral”.

O Eurobarômetro indica que a luta contra o desemprego vem em segundo lugar na lista de prioridades dos europeus, logo após o terrorismo.

Conforme os dados, 77% dos quase 28 mil entrevistados querem mais intervenção da União Europeia no combate ao desemprego, enquanto 69% sente que os esforços da UE não são suficientes na luta contra o desemprego.

Em uma tentativa de combater o problema, os eurodeputados aprovaram, em fevereiro deste ano, uma medida que reformula a rede de empregos, de modo a facilitar a procura de ofertas no mercado de trabalho em toda a União Europeia.

A iniciativa tem por objetivo apoiar os jovens que não estejam estudando e que não tenham emprego ou formação. Em julho, aprovaram uma resolução que visa à atualização a longo prazo do plano de financiamento da UE para lidar com o desemprego, particularmente na faixa etária jovem.

No Brasil, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgados semana passada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desemprego ficou em 11,3% no trimestre encerrado em junho deste ano.

A taxa é superior aos 10,9% observados em março deste ano e aos 8,3% do trimestre encerrado em junho de 2015.

Segundo a pesquisa, o contingente de desocupados chegou a 11,6 milhões de pessoas, 4,5% (ou 497 mil pessoas) a mais do que no trimestre anterior.

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