Desemprego juvenil prejudica recuperação europeia
Elevada taxa de desemprego, em particular entre os jovens, é o principal obstáculo para a recuperação econômica da Europa, segundo especialistas de Davos
Da Redação
Publicado em 22 de janeiro de 2014 às 11h56.
Davos - A elevada taxa de desemprego , em particular entre os jovens , é o principal obstáculo para a recuperação econômica da Europa, segundo economistas e analistas que participaram nesta quarta-feira do Fórum Econômico de Davos.
Esta é uma das conclusões do encontro de um grupo de economistas e diretores no Fórum Econômico de Davos, durante o qual discutiram o papel da Europa no contexto mundial e a suas possibilidades de competir em igualdade de condições com os Estados Unidos e China.
No entanto, o elevado desemprego entre os jovens é um dos principais problemas do continente, que pode provocar a perda de uma geração inteira, disse o economista americano e professor da Universidade de Harvard Kenneth Rogoff.
O "aterrorizante" nível de desemprego juvenil não é o único empecilho para a Europa, que também deve fazer frente ao galopante envelhecimento da população e aos altos custos da energia.
Rogoff chegou a dizer que quase já se pode falar da Europa como "emergente", e alertou do ainda grave problema que representa a dívida europeia, que não será resolvida com um crescimento do PIB de apenas 1%.
O presidente da italiana Eni, Giuseppe Recchi, afirmou que a recuperação econômica da Europa depende do continente se situar como um lugar atrativo para investir e produzir, já que as nações competem entre elas do mesmo modo que as empresas.
O custo da energia, assinalou Recchi, é determinante, e nisto os Estados Unidos têm uma clara vantagem sobre a Europa, onde o custo energético duplica em relação ao americano.
A diferença entre uns países e outros, acrescentou, é estipulada pelos governantes, que são os que podem fazer mais ou menos difícil investir e produzir no país.
Entre os 28 países da União Europeia, o presidente da Accenture, Pierre Nanterne, destacou a Espanha como o que maior esforço realizou partindo de uma situação extremamente difícil, e onde mais evidentes são as melhoras da situação econômica.
A Espanha superou uma situação extremamente difícil e volta a aparecer entre as principais economias europeias, embora mantenha uma inaceitável taxa de desemprego que pode pôr em perigo a incipiente recuperação.
Segundo Martin Sorell, executivo-chefe da gigante britânica de comunicações WPP, enquanto a França ainda está imersa em graves problemas e a Itália apenas começa a sair da crise, a Espanha já avança apesar da alta taxa de desemprego, que entre os jovens alcança 50%.
O ex-presidente do Bundesbank Axel Weber, por sua parte, assegurou que o otimismo sobre a recuperação na Europa "não está totalmente justificado", já que uma média de crescimento de 1% é insuficiente para criar emprego e atrair investimentos.
Os mercados financeiros melhoraram, reconheceu, mas não a economia real, ao mesmo tempo que surgem novos riscos, como a crescente presença de partidos antieuropeus nos Parlamentos nacionais e que chegam também no Parlamento Europeu.
Davos - A elevada taxa de desemprego , em particular entre os jovens , é o principal obstáculo para a recuperação econômica da Europa, segundo economistas e analistas que participaram nesta quarta-feira do Fórum Econômico de Davos.
Esta é uma das conclusões do encontro de um grupo de economistas e diretores no Fórum Econômico de Davos, durante o qual discutiram o papel da Europa no contexto mundial e a suas possibilidades de competir em igualdade de condições com os Estados Unidos e China.
No entanto, o elevado desemprego entre os jovens é um dos principais problemas do continente, que pode provocar a perda de uma geração inteira, disse o economista americano e professor da Universidade de Harvard Kenneth Rogoff.
O "aterrorizante" nível de desemprego juvenil não é o único empecilho para a Europa, que também deve fazer frente ao galopante envelhecimento da população e aos altos custos da energia.
Rogoff chegou a dizer que quase já se pode falar da Europa como "emergente", e alertou do ainda grave problema que representa a dívida europeia, que não será resolvida com um crescimento do PIB de apenas 1%.
O presidente da italiana Eni, Giuseppe Recchi, afirmou que a recuperação econômica da Europa depende do continente se situar como um lugar atrativo para investir e produzir, já que as nações competem entre elas do mesmo modo que as empresas.
O custo da energia, assinalou Recchi, é determinante, e nisto os Estados Unidos têm uma clara vantagem sobre a Europa, onde o custo energético duplica em relação ao americano.
A diferença entre uns países e outros, acrescentou, é estipulada pelos governantes, que são os que podem fazer mais ou menos difícil investir e produzir no país.
Entre os 28 países da União Europeia, o presidente da Accenture, Pierre Nanterne, destacou a Espanha como o que maior esforço realizou partindo de uma situação extremamente difícil, e onde mais evidentes são as melhoras da situação econômica.
A Espanha superou uma situação extremamente difícil e volta a aparecer entre as principais economias europeias, embora mantenha uma inaceitável taxa de desemprego que pode pôr em perigo a incipiente recuperação.
Segundo Martin Sorell, executivo-chefe da gigante britânica de comunicações WPP, enquanto a França ainda está imersa em graves problemas e a Itália apenas começa a sair da crise, a Espanha já avança apesar da alta taxa de desemprego, que entre os jovens alcança 50%.
O ex-presidente do Bundesbank Axel Weber, por sua parte, assegurou que o otimismo sobre a recuperação na Europa "não está totalmente justificado", já que uma média de crescimento de 1% é insuficiente para criar emprego e atrair investimentos.
Os mercados financeiros melhoraram, reconheceu, mas não a economia real, ao mesmo tempo que surgem novos riscos, como a crescente presença de partidos antieuropeus nos Parlamentos nacionais e que chegam também no Parlamento Europeu.