Economia

Desembolsos do BNDES para energia eólica dobram e batem recorde

Em leilão em dezembro, o Brasil contratou pela primeira vez projetos eólicos por preços inferiores ao de hidrelétricas

 (Andreas Rentz / Staff/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 4 de janeiro de 2018 às 20h13.

São Paulo - Os desembolsos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para geração eólica bateram recorde em 2017, dobrando ante 2016, informou a instituição nesta quinta-feira.

Os empréstimos do BNDES para o setor totalizaram 7 bilhões de reais e representaram mais da metade do total destinado pelo banco para a área de energia no ano passado.

Segundo o BNDES, em todo o ano passado, os desembolsos do banco para o setor de energia totalizaram 13,4 bilhões de reais. Com a redução de preços e o aumento da eficiência, a geração eólica vem ganhando cada vez mais espaço na matriz energética brasileira.

Em leilão em dezembro, o Brasil contratou pela primeira vez projetos eólicos por preços inferiores ao de hidrelétricas. "A eólica foi o grande destaque de 2017, com mais desembolso inclusive do que empréstimos para projetos de hidrelétricas, que no passado era expressivo", disse a jornalistas a superintendente da área de energia do banco, Carla Primavera.

De acordo com dados da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), o país atingiu no início de dezembro a marca de 500 parques de geração eólica instalados, o equivalente a uma capacidade 12,64 gigawatts. A previsão é que até 2020 essa capacidade alcance 17 gigawatts. "O BNDES é o grande apoiador da eólica no Brasil", frisou Primavera.

Solar

O banco também fez no ano passado o primeiro empréstimo para geração solar no Brasil, no valor de 529 milhões de reais para um projeto em Minas Gerais. O empreendimento, que conta com cinco usinas fotovoltaicas, que somarão uma potência instalada de 150 megawatts, pertence à francesa EDF e à Canadian Solar.

"Esperamos que o desembolso para eólica vai se manter em 2018, que já é bastante expressivo, e a gente imagina um crescimento forte este ano no financiamento de linhas de transmissão de leilões já realizados pelo governo. Há também outros projetos de solar em carteira em análise", disse a superintendente do BNDES.

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