Levy: "temos que avaliar todas as consequências de um movimento desses, uma análise de risco muito cuidadosa que não exponha nenhuma instituição financeira" (Ueslei Marcelino/Reuters)
Da Redação
Publicado em 28 de abril de 2015 às 14h32.
Brasília - Na saída de um encontro com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou nesta terça-feira, 28, que é preciso que a proposta que prevê o uso de recursos dos depósitos judiciais para estados e municípios seja discutida com "extrema cautela" como forma de não causar risco aos bancos.
A proposta do uso dos depósitos judiciais, originalmente apresentada pelo senador José Serra (PSDB-SP), vai ser incluída no parecer que deve ser apresentado nesta terça à tarde em plenário pela senadora Marta Suplicy (PT-SP).
A petista é relatora do projeto que altera o prazo para a entrada em vigor do novo indexador das dívidas dos estados e municípios com a União.
Joaquim Levy disse que não se pode "sequestrar" o caixa dos bancos com a eventual adoção do uso depósitos judiciais, uma vez que ações importantes são financiadas com esses recursos, como o Plano Safra.
"Não pode ser tomada nenhuma decisão com precipitação. Temos que avaliar todas as consequências de um movimento desses, uma análise de risco muito cuidadosa que não exponha nenhuma instituição financeira e que também não tenha interferência indesejada ou imprevista na questão do Plano Safra", destacou.
Questionado se é publicamente a favor ou contra, Levy se esquivou: "Acho que esse é um julgamento que com os elementos - e acho importante trazer esses elementos à consideração - que o Senado saberá avaliar com a prudência devida esses elementos. São elementos que indicam a necessidade de muita cautela nesse tema."