Pré-sal: a primeira rodada foi realizada em 2013, e a segunda e a terceira só ocorreram no ano passado (Germano Lüders/Exame)
Estadão Conteúdo
Publicado em 31 de janeiro de 2018 às 16h27.
Brasília - O diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP), Décio Oddone, disse nesta quarta-feira, 31, que a produção de petróleo no pré-sal superou a do pós-sal pela primeira vez em dezembro. Isso ocorreu a despeito da demora na exploração do pré-sal, que prejudicou a sociedade brasileira, na avaliação dele. A primeira rodada foi realizada em 2013, e a segunda e a terceira só ocorreram no ano passado.
Oddone participa da cerimônia de assinatura dos contratos da áreas leiloadas na segunda e terceira rodadas de pré-sal, realizadas em outubro, no Palácio do Planalto. Para junho, estão previstas a realização da quarta rodada e, "possivelmente", o leilão de áreas excedentes da cessão onerosa.
Oddone disse que a produção brasileira pode atingir 5,5 milhões de barris por dia na próxima década, o que deve elevar a arrecadação de impostos em R$ 100 bilhões. "Esse é o caminho que devemos perseguir para que os recursos do pré-sal beneficiem a sociedade brasileira", disse.
As outorgas arrecadadas somaram mais de R$ 6,15 bilhões. Na ocasião do leilão, as rodadas contaram com a participação da Petrobras e de grandes multinacionais do setor, como Shell, Exxon, Total, BP, Repsol Sinopec, Statoil e Petrogal. Até então, as empresas privadas atuavam exclusivamente como sócias da Petrobras no projeto de Libra, na Bacia de Santos.
Das oito áreas oferecidas, duas ficaram sem lances - Tartaruga Verde, na Bacia de Campos, e Pau Brasil, na Bacia de Santos.