"Democracia demora, mas democracia resolve", diz Barbosa
Ministro da Fazenda diz que "não vivemos mais tempo da Presidência imperial" e que papel do Executivo é "não só propor mas também convencer do que é necessário"
João Pedro Caleiro
Publicado em 7 de abril de 2016 às 11h24.
São Paulo - "Democracia demora, mas democracia resolve", disse hoje Nelson Barbosa , ministro da Fazenda.
A declaração foi feita no evento Itaú Macro Vision em São Paulo, se referindo a necessidade de aprovação de medidas estruturantes para conter o crescimento dos gastos do governo.
Segundo ele, "não vivemos mais o tempo da Presidência imperial" como no início dos anos 2000, em que tudo era aprovado ou sequer apreciado pelo Legislativo.
O papel do Executivo é "não só propor mas também convencer as pessoas do que é necessário", diz Barbosa.
As despesas discrionárias já foram cortadas para o nível real de 2013, mas cerca de 90% dos gastos do governo são fixados por lei e não estão sujeitos a cortes.
Atacar isso, segundo o ministro, exige três eixos: controlar o crescimento da folha de pagamento da União, controlar o crescimento do gasto da Previdência e criar um limite para o gasto total com mecanismos de "sequestro" inspirados nos Estados Unidos, que disparam cortes automáticos a partir de certo patamar.
Ele reconheceu que reformas estruturais não tem impacto instantâneo, mas “já se refletem numa melhor avaliação de risco e curva de juros” no longo prazo.
O momento atual, segundo ele, exige "combinar medidas de estabilização com medidas estruturais para garantir que essa estabilização não seja desperdiçada".
Barbosa também disse esperar que a solução para o impasse político "respeite a democracia e o processo legal" e que "se a política não tá ajudando a Economia, a Economia tem que ajudar a política".
São Paulo - "Democracia demora, mas democracia resolve", disse hoje Nelson Barbosa , ministro da Fazenda.
A declaração foi feita no evento Itaú Macro Vision em São Paulo, se referindo a necessidade de aprovação de medidas estruturantes para conter o crescimento dos gastos do governo.
Segundo ele, "não vivemos mais o tempo da Presidência imperial" como no início dos anos 2000, em que tudo era aprovado ou sequer apreciado pelo Legislativo.
O papel do Executivo é "não só propor mas também convencer as pessoas do que é necessário", diz Barbosa.
As despesas discrionárias já foram cortadas para o nível real de 2013, mas cerca de 90% dos gastos do governo são fixados por lei e não estão sujeitos a cortes.
Atacar isso, segundo o ministro, exige três eixos: controlar o crescimento da folha de pagamento da União, controlar o crescimento do gasto da Previdência e criar um limite para o gasto total com mecanismos de "sequestro" inspirados nos Estados Unidos, que disparam cortes automáticos a partir de certo patamar.
Ele reconheceu que reformas estruturais não tem impacto instantâneo, mas “já se refletem numa melhor avaliação de risco e curva de juros” no longo prazo.
O momento atual, segundo ele, exige "combinar medidas de estabilização com medidas estruturais para garantir que essa estabilização não seja desperdiçada".
Barbosa também disse esperar que a solução para o impasse político "respeite a democracia e o processo legal" e que "se a política não tá ajudando a Economia, a Economia tem que ajudar a política".