Deicmar ameaça deixar exportação de veículos em Santos
A área do terminal está na lista daquelas que serão licitadas pelo governo, mas o diretor da companhia, Gerson Foratto, afirmou que a empresa não competirá
Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2013 às 08h55.
São Paulo - A Deicmar, maior empresa de movimentação de veículos do Porto de Santos, ameaça deixar as operações portuárias em junho depois do vencimento do seu contrato de arrendamento.
A área do terminal está na lista daquelas que serão licitadas pelo governo federal no primeiro bloco de arrendamentos portuários, mas o diretor da companhia, Gerson Foratto, afirmou que pelos parâmetros atuais do edital publicado pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) a empresa não competirá por um novo período de operação.
A Deicmar movimenta pouco mais de 200 mil unidades por ano e, de acordo com a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), um terço das exportações brasileiras passa pelo terminal, na região do Saboo.
A empresa pediu ao governo a suspensão do leilão à Casa Civil, à Secretaria de Portos (SEP) e à Antaq, e quer a renovação de contrato por mais 25 anos para colocar em prática um projeto de expansão estimado pela empresa em R$ 200 milhões.
Foratto diz que uma eventual saída da Deicmar nas operações de embarque e desembarque resultaria em cerca de 300 demissões entre os 800 empregados atuais. A Deicmar, então, sobreviveria com seus outros negócios, centro logístico, armazenagem alfandegária e soluções ambientais.
O projeto de expansão está em poder da Companhia Docas de São Paulo (Codesp) e da Antaq desde 2007, disse o diretor. "Não quero acreditar que no governo não haja ninguém vendo essa situação", disse, ao Broadcast, serviço de informações em tempo real da Agência Estado.
A assessoria de imprensa da Antaq confirma o recebimento do pedido de suspensão. A agência informou que a Deicmar enviou diversas contribuições durante a consulta pública realizada de 12 de agosto a 6 de setembro. Algumas foram acatadas, informou a Antaq, sem especificar quais. De acordo com a agência, todas as respostas às contribuições serão divulgadas até o final da semana.
A ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, também já afirmou que o governo prepara mudanças nos editais portuários que chegarão às mãos do Tribunal de Contas da União (TCU).
O presidente da Anfavea, Luiz Moan, afirmou que a entidade alertou o governo sobre a possibilidade de a exportação de carros sofrer impactos com a possibilidade de a Deicmar não manter a concessão do terminal de Santos. "Temos de alertar o governo de que isso possa acontecer e esse alerta já foi feito", disse Moan. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
São Paulo - A Deicmar, maior empresa de movimentação de veículos do Porto de Santos, ameaça deixar as operações portuárias em junho depois do vencimento do seu contrato de arrendamento.
A área do terminal está na lista daquelas que serão licitadas pelo governo federal no primeiro bloco de arrendamentos portuários, mas o diretor da companhia, Gerson Foratto, afirmou que pelos parâmetros atuais do edital publicado pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) a empresa não competirá por um novo período de operação.
A Deicmar movimenta pouco mais de 200 mil unidades por ano e, de acordo com a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), um terço das exportações brasileiras passa pelo terminal, na região do Saboo.
A empresa pediu ao governo a suspensão do leilão à Casa Civil, à Secretaria de Portos (SEP) e à Antaq, e quer a renovação de contrato por mais 25 anos para colocar em prática um projeto de expansão estimado pela empresa em R$ 200 milhões.
Foratto diz que uma eventual saída da Deicmar nas operações de embarque e desembarque resultaria em cerca de 300 demissões entre os 800 empregados atuais. A Deicmar, então, sobreviveria com seus outros negócios, centro logístico, armazenagem alfandegária e soluções ambientais.
O projeto de expansão está em poder da Companhia Docas de São Paulo (Codesp) e da Antaq desde 2007, disse o diretor. "Não quero acreditar que no governo não haja ninguém vendo essa situação", disse, ao Broadcast, serviço de informações em tempo real da Agência Estado.
A assessoria de imprensa da Antaq confirma o recebimento do pedido de suspensão. A agência informou que a Deicmar enviou diversas contribuições durante a consulta pública realizada de 12 de agosto a 6 de setembro. Algumas foram acatadas, informou a Antaq, sem especificar quais. De acordo com a agência, todas as respostas às contribuições serão divulgadas até o final da semana.
A ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, também já afirmou que o governo prepara mudanças nos editais portuários que chegarão às mãos do Tribunal de Contas da União (TCU).
O presidente da Anfavea, Luiz Moan, afirmou que a entidade alertou o governo sobre a possibilidade de a exportação de carros sofrer impactos com a possibilidade de a Deicmar não manter a concessão do terminal de Santos. "Temos de alertar o governo de que isso possa acontecer e esse alerta já foi feito", disse Moan. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.