Economia

Decisão sobre reajuste de aposentados sai nesta terça

Presidente Lula disse que não fará nenhuma "extravagância" motivado pelo período eleitoral

Lula deixa para decidir sobre reajuste no último dia (.)

Lula deixa para decidir sobre reajuste no último dia (.)

DR

Da Redação

Publicado em 14 de junho de 2010 às 17h14.

Brasília - Contrariando a expectativa de que resolveria a questão do reajuste dos aposentados antes do início da Copa do Mundo, o presidente Lula deixou para decidir sobre o aumento dos aposentados de 7,72% e a extinção do fator previdenciário na data limite. O prazo para veto ou sanção acaba nesta terça-feira (15), dia do primeiro jogo da seleção brasileira no mundial. A assessoria de imprensa do Planalto informou que não há um horário definido para o anúncio.
 
O impasse atual está entre o aumento de 6,14% proposto pelo governo e de 7,72% aprovado pela Câmara e pelo Senado. O presidente Lula disse que não fará nenhuma "extravagância" motivado pelo período eleitoral, mas o que for melhor para o país.

Em entrevista ao site EXAME, o especialista na área de previdência Roberto Piscitelli defende que o valor de R$ 1,8 bilhão a mais na verba de R$ 6,7 bilhões que o governo já estipulou para aumentar a aposentadoria é relativamente baixo. "A usina de Belo Monte, por exemplo, tem orçamento inicial de R$ 20 bilhões", compara.
 
A extinção do fator previdenciário é outra questão que preocupa o governo. As propostas geraram divergência dentro da base. Os ministros do Trabalho, Carlos Lupi, e da Previdência, Carlos Eduardo Gabas, concordaram com aumento de 7,72% na folha de quem já parou de trabalhar. Já os ministros Guido Mantega (Fazenda) e Paulo Bernardo (Planejamento) defenderam o veto ao reajuste.

A Medida Provisória (MP) que garante aumento de 7,72% para aposentados que recebem mais de um salário mínimo por mês foi aprovada pela Câmara dos Deputados no dia 4 de maio. Quinze dias depois, em votação simbólica, que durou apenas cinco minutos, o Senado Federal deliberou a favor da MP. Segundo cálculos dos técnicos da Câmara, o reajuste cria uma despesa adicional de R$ 5,6 bilhões a partir do ano que vem.
 

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