Economia dos EUA: produção nas fábricas, minas e companhias de serviços públicos do país cresceu 1,0% (Arquivo/Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 16 de outubro de 2014 às 14h15.
Washington - O número de norte-americanos que entraram com novos pedidos de auxílio-desemprego caiu para a mínima em 14 anos na semana passada, enquanto a produção industrial teve forte alta em setembro, sinais positivos que podem ajudar a aliviar temores sobre a perspectiva econômica.
Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego caíram em 23 mil, para 264 mil segundo números ajustados sazonalmente, menor nível desde 2000, informou nesta quinta-feira o Departamento do Trabalho.
Um relatório separado do Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, mostrou que a produção nas fábricas, minas e companhias de serviços públicos do país cresceu 1,0 por cento no mês passado, número maior que o esperado e o maior avanço desde novembro de 2012.
Os dados sugeriram que economia continua em terreno sólido, com o mercado de trabalho ganhando força. Investidores nos últimos dias passaram a adotar a visão de que a desaceleração do crescimento no exterior pesará sobre a economia norte-americana e forçará o Fed a adiar a elevação das taxas de juros.
Os dados fracos de vendas no varejo na quarta-feira abalaram a confiança de investidores e ajudaram a alimentar vendas generalizadas de ações que continuaram nesta quinta-feira. As bolsas dos EUA abriram em forte queda.
O relatório sobre pedidos de auxílio-desemprego mesmo assim reforça expectativas de que a capacidade ociosa no mercado de trabalho está diminuindo.
"Alcançamos o pleno emprego? Ainda não. Estamos chegando perto? Com certeza", disse o economista da Amherst Pierpont Securities Stephen Stanley. Uma pesquisa da Reuters publicada nesta quinta-feira mostrou que economistas ainda se agarram à visão de que o Fed vai tirar os juros de perto de zero no segundo trimestre do ano que vem, apesar de cada vez mais sinais de fraqueza no exterior.
Por enquanto, ao menos, a economia norte-americana está avançando, com economistas ainda esperando que o crescimento no terceiro trimestre venha fique em uma taxa anual de cerca de 3 por cento, visão favorecida pela retomada na produção industrial.