Economia

CUT-SP é contra proposta da Força de gatilho salarial

"Gatilho é um mecanismo para ser usado em época de hiperinflação ou inflação descontrolada. E nós não temos nenhum descontrole no momento", disse Adi Lima


	Gatilho será proposto por presidente da Força Sindical, Paulinho da Força, e pretende retomar mecanismo pelo qual reajustes para trabalhadores aconteceriam pelo menos de três em três meses
 (José Cruz/AGÊNCIA BRASIL)

Gatilho será proposto por presidente da Força Sindical, Paulinho da Força, e pretende retomar mecanismo pelo qual reajustes para trabalhadores aconteceriam pelo menos de três em três meses (José Cruz/AGÊNCIA BRASIL)

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Da Redação

Publicado em 30 de abril de 2013 às 16h19.

São Paulo - O presidente da Central Única dos Trabalhadores de São Paulo (CUT-SP), Adi dos Santos Lima, criticou nesta terça-feira, 30, a proposta de retorno do gatilho salarial para reajustes de salários.

"Gatilho é um mecanismo para ser usado em época de hiperinflação ou inflação descontrolada. E nós não temos nenhum descontrole no momento", disse, em referência à ideia que será apresentada na quarta-feira, 1º de maio pela Força Sindical durante as celebrações do Dia do Trabalho, na Praça Campo de Bagatelle, em São Paulo.

Lima ponderou, no entanto, que a CUT/SP vê sim que a inflação está além "do que os trabalhadores imaginam". "Esperamos que o governo e Banco Central controlem a inflação para que ela não corroa os salários."

O gatilho salarial que será proposto pelo presidente da Força Sindical, deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força, pretende retomar um mecanismo pelo qual os reajustes para os trabalhadores aconteceriam pelo menos de três em três meses.

Segundo Adi Lima, da CUT/SP, a entidade não discute hipóteses. "Não trabalhamos com ideias hipotéticas. Se um dia a inflação disparar, vamos brigar para ter mecanismos, mas não é o caso neste momento."

O tema da festa organizada pela CUT, que acontece no Vale do Anhangabaú, é Desenvolvimento Econômico e Sustentabilidade. "É um tema que está na ordem do dia", afirmou Lima.

A proposta da Força Sindical também não conta com o apoio das demais centrais, como Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e União Geral dos Trabalhadores (UGT).

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