Economia

Custo de vida do paulistano subiu 0,09% em julho, diz Dieese

De acordo com os técnicos da entidade, esta é a menor alta do custo de vida em São Paulo desde junho de 2011, quando o ICV registrou uma queda de 0,34%


	Mulher conta dinheiro: considerando apenas as famílias de menor renda, o custo de vida na capital paulista caiu no mês passado
 (Dado Galdieri/Bloomberg)

Mulher conta dinheiro: considerando apenas as famílias de menor renda, o custo de vida na capital paulista caiu no mês passado (Dado Galdieri/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 7 de agosto de 2013 às 14h04.

São Paulo - O custo de vida das famílias paulistanas medido pelo Índice do Custo de Vida (ICV) fechou o mês de julho com ligeira alta de 0,09%, segundo o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

De acordo com os técnicos da entidade, esta é a menor alta do custo de vida em São Paulo desde junho de 2011, quando o ICV registrou uma queda de 0,34%. O grupo Saúde registrou alta de 2,73%, em média. Alimentação caiu 0,37% e Transportes, -1,48%.

Considerando apenas as famílias de menor renda, o custo de vida caiu no mês passado. Para as famílias com renda média de R$ 377,49, a queda foi de 0,22%. Para renda de R$ 934,17 por mês, o ICV recuou 0,08%. Já para famílias que ganham mensalmente R$ 2.792,90 em média, houve alta de 0,26%.

De acordo com o Dieese, as taxas de inflação por estrato de renda resultam da forma como as famílias distribuem seus gastos, os quais variam segundo o poder aquisitivo e o comportamento dos preços de bens e serviços.

O impacto para as famílias dos aumentos na Saúde foi acentuado e crescente conforme o poder aquisitivo aumenta. Assim, para o estrato 1, ficou em 0,24 ponto porcentual, para o 2, a contribuição foi de 0,32 ponto porcentual e para o 3, chegou a 0,47 ponto.

Na Habitação, as contribuições foram menores e também diretamente proporcionais ao poder aquisitivo, ou seja, o impacto aumentou conforme a renda familiar: 0,01 ponto porcentual para o 1º estrato; 0,02 ponto para o 2º, e 0,04 ponto porcentual para o 3º.

Devido à forte queda nos preços do subgrupo da Alimentação, produtos in natura e semielaborados, e como essa despesa tem maior peso na estrutura de gastos do 1º estrato na comparação com os outros dois, as retrações beneficiaram mais as famílias de menor poder aquisitivo: -0,18 ponto porcentual para o 1º estrato; -0,12 ponto para o 2º e -0,09 ponto para o 3º estrato.

As contribuições relativas ao grupo Transporte tiveram diversas origens. Enquanto as famílias dos estratos 1 (-0,29 ponto porcentual) e 2 (-0,30 ponto porcentual) se beneficiaram com a diminuição das tarifas do transporte coletivo, as do estrato 3 (-0,16 ponto porcentual) foram favorecidas pela queda nos preços dos combustíveis.

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