Economia

Cuba abre atacadismo para estatais e negócios privados

As vendas estarão reguladas por contratos, mas os compradores poderão adquirir a "preço por acordo" mercadorias excedentes do pactado ou de contratos expirados


	Bandeira de Cuba: os canais de comércio atacadista desapareceram em Cuba há meio século, quando o Estado tomou o controle do aparato produtivo e do comércio.
 (AFP)

Bandeira de Cuba: os canais de comércio atacadista desapareceram em Cuba há meio século, quando o Estado tomou o controle do aparato produtivo e do comércio. (AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 5 de junho de 2013 às 14h45.

Havana - Cuba anunciou nesta quarta-feira a abertura de um mercado atacadista, ao qual terão acesso empresas estatais, negócios privados e cooperativas, que busca satisfazer às necessidades do emergente setor privado, segundo uma lei publicada no Diário Oficial.

"A comercialização atacadista é realizada por pessoas jurídicas e naturais autorizadas" às entidades estatais e privadas de venda "varejista à população", "para o consumo social e os programas priorizados", assim como "com as formas de gestão não estatais e as formas produtivas agropecuárias" (cooperativas), afirma a lei.

As vendas estarão reguladas por contratos, mas os compradores poderão adquirir a "preço por acordo" mercadorias excedentes do pactado ou de contratos expirados.

Os canais de comércio atacadista desapareceram em Cuba há meio século, quando o Estado tomou o controle do aparato produtivo e do comércio.

"Com todas estas decisões se encaminha a reestruturação do comércio atacadista no país em direção a uma forma de abastecimento mais coerente", disse o jornal oficial Granma, ao comentar as novas normas.

Os vendedores atacadistas "devem garantir a presença dos produtos com base em uma carteira de fornecedores diversificada", considerando "como primeira opção as produções nacionais, desde que sejam competitivas em qualidade, preço e oportunidade, aspecto" para substituir importações.

Estas regulações entrarão em vigor ainda neste ano, mas algumas de maneira gradual.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaComércioCuba

Mais de Economia

Alckmin diz que Brasil irá 'cumprir a questão fiscal' e que pacote pode sair nas próximas horas

Chinesa GWM diz a Lula que fábrica em SP vai produzir de 30 mil a 45 mil carros por ano

Consumo na América Latina crescerá em 2025, mas será mais seletivo, diz Ipsos

Fed busca ajustes 'graduais' nas futuras decisões sobre juros