Avaliação feita hoje (5) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) indica que a possibilidade de racionamento poderá afetar a atividade econômica em geral, inclusive o comércio, por isso mesmo alerta para a necessidade de o governo agir para evitar o pior.
Para o ex-ministro da Fazenda e consultor econômico da CNC, Ernane Galvêas, o intenso calor e a falta de chuvas estão antecipando “uma visão de calamidade em relação ao fornecimento de água e de energia elétrica no Sudeste brasileiro, especialmente nas regiões da grande São Paulo e do Rio de Janeiro.
Para Galvêas, a crise no abastecimento pode ter reflexos em investimentos essenciais à retomada do avanço da economia no país. “O consumo per capita de energia elétrica vem subindo aceleradamente desde a crise de 2011, de 1.642 quilowatts-hora (kWh) para 2.461 kWh em 2015 e a crise hídrica na região do Rio Paraíba do Sul está 25% pior do que a maior seca histórica”, avalia.
Segundo ele, a insegurança quanto ao suprimento de energia pode atrasar a retomada dos investimentos no segundo semestre. Com isso, reduz-se a arrecadação de tributos federais e ficam prejudicados os efeitos da política de ajuste fiscal do Ministério da Fazenda. “A tendência é termos no Sudeste um ciclo de estresse hídrico (falta de chuvas) igual ao do Nordeste". Para o consultor, o país caminha para a possibilidade de racionamento de energia.
Também para o economista-chefe da CNC, Carlos Thadeu de Freitas, há a necessidade de uma ação rápida do governo para solucionar o problema. Para ele, a redução do consumo de energia precisa ser estimulada. O economista defendeu “algum tipo de incentivo” para a compra de geradores por parte dos grandes varejistas e shoppings.
Já para o presidente do Conselho Empresarial de Turismo e Hospitalidade da entidade (Cetur), Alexandre Sampaio, o setor é um dos mais atingidos pela crise hídrica. “A crise energética afeta de maneira brutal a rentabilidade dos hotéis e restaurantes brasileiros”, diz, ressaltando: “Em plena temporada e com altas temperaturas na maior parte dos destinos turísticos, o custo do consumo de energia elétrica eleva o custo operacional, prejudicando o planejamento orçamentário para este ano, que já não tem boas perspectivas".
A CNC informou que os setores que congrega respondem por um quarto do PIB do país. a CNC representa 2,2 milhões de empresas do comércio de bens, serviços e turismo, gerando aproximadamente 16 milhões de empregos diretos e formais.
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1. Quem tem medo do escuro?
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1/11 (Allison Joyce/Getty Images)
São Paulo* – As condições climáticas levaram a consultoria PSR a elevar a probabilidade de ocorrência de um racionamento de
energia no Brasil de 6,0% em janeiro para 17,5% em fevereiro, segundo relatório do Morgan Stanley Research. Os setores mais vulneráveis a aumentos de
preços são os de aço (a
eletricidade representou 31,3% do ebitda deles em 2013), industrial (11,9%) e bebidas e alimentos (8,8%). O banco afirma que, em um cenário de racionamento, a maior parte dos papéis de sua cobertura deve ser afetado negativamente. O Morgan Stanley indica quais seriam os papéis mais afetados. *Matéria atualizada no dia 21 de fevereiro, às 14:04 horas, após contato de uma das empresas e envio do relatório corrigido pelo Morgan Stanley. A alteração retirou as ações de Hypermarcas e JBS da lista e acrescentou o papel da Vale.
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2. 1. Usiminas (USIM5)
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2/11 (Domingos Peixoto/EXAME)
Gastos com energia nos custos: 9,1% Gastos com energia no Ebitda: 40,6% Classificação da ação: em linha com a média do mercado Variação da ação em 2014: -27,80%
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3. 2. Minerva (BEEF3)
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3/11 (Divulgação)
Gastos com energia nos custos: 3,7% Gastos com energia no Ebitda: 31,8% Classificação da ação: acima da média de mercado Variação da ação em 2014: -12,70%
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4. 3. Gerdau (GGBR4)
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4/11 (Miriam Fichtner/Pluf Fotos)
Gastos com energia nos custos: 4,4% Gastos com energia no Ebitda: 27,3% Classificação da ação: acima da média de mercado Variação da ação em 2014: -16,63%
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5. 4. Duratex (DTEX3)
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5/11 (Divulgação)
Gastos com energia nos custos: 7,2% Gastos com energia no Ebitda: 15,6% Classificação da ação: acima da média de mercado Variação da ação em 2014: -16,96%
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6. 5. M. Dias Branco (MDIA3)
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6/11 (Divulgação/M. Dias Branco)
Gastos com energia nos custos: 3,0% Gastos com energia no Ebitda: 13,1% Classificação da ação: em linha com a média do mercado Variação da ação em 2014: -15,88%
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7. 6. Iochpe-Maxion (MYPK3)
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7/11 (Pedro Motta/EXAME.com)
Gastos com energia nos custos: 2,4% Gastos com energia no Ebitda: 20,2% Classificação da ação: em linha com a média do mercado Variação da ação em 2014: -14,07%
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8. 7. Embraer (EMBR3)
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8/11 (Mark Elias/Bloomberg)
Gastos com energia nos custos: 2,0% Gastos com energia no Ebitda: 12,6% Classificação da ação: acima da média de mercado Variação da ação em 2014: 4,24%
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9. 8. Oi (OIBR4)
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9/11 (Divulgação)
Gastos com energia nos custos: 2,4% Gastos com energia no Ebitda: 6,2% Classificação da ação: sem indicação Variação da ação em 2014: 6,13%
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10. 9. Vale (VALE5)
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10/11 (Dado Galdieri/Bloomberg)
Gastos com energia nos custos: 3,1% Gastos com energia no Ebitda: 4,0% Classificação da ação: acima da média de mercado Variação da ação em 2014: -6,54%
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11. Veja agora as empresas negociadas por menos que o valor patrimonial
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11/11 (Rodrigo_Amorim/Creative Commons)