São Paulo - A crise econômica favorece as marcas que ficam nos dois extremos do espectro de valor: as mais baratas e as mais caras, deixando para trás aquelas no meio do caminho.
A conclusão é da multinacional inglesa dunnhumby, que entrevistou 700 brasileiros e analisou seu consumo em 6 categorias.
O cenário de crise levou dois terços dos consumidores a visitarem mais supermercados em busca do melhor preço, e 80% começaram a economizar em alguns produtos para poder manter o padrão no que consideram mais importante.
Para 30%, salgadinhos e doces são os primeiros a serem riscados da lista. Em seguida vem sobremesas e congelados, como hambúrguer e lasanha.
Os consumidores estão mais dispostos a trocar de marca para economizar em produtos de limpeza, higiene e perfumaria, além de massas, molhos e condimentos. 27% já mudaram de marca de shampoo e condicionador.
Recentemente, outra pesquisa da dunnhumby mostrou que os brasileiros muitas vezes preferem escolher embalagens menores ou uma marca de menor preço e qualidade para não precisar abrir mão da compra de alguns supérfluos.
É o cliente "econômico extravagante", uma adaptação da expressão em inglês "save and splurge". O comportamento acontece em todas as classes sociais, ainda que em graus e com trocas diferentes.
A maior fidelidade à marca é no segmento da cerveja: 81% dos entrevistados dzem que preferem diminuir o consumo sem mudar de marca ao invés de migrar para alternativas mais baratas.
A crise mexeu com os hábitos do brasileiro. 56% dizem que diminuíram o consumo de cerveja em bares e restaurantes e 40% passaram a tomar mais em casa para economizar.
A decisão faz sentido: no acumulado de 2015 entre janeiro e agosto, o preço da cerveja em domicílio caiu -0,2%, enquanto o da cerveja fora de domicílio subiu 7,1%, informou recentemente a CervBrasil.
Isso deixou a inflação final da cerveja em 4,5% entre janeiro e agosto - abaixo do IPCA geral (7,1%) e da categoria Alimentos e Bebidas (7,3%) no mesmo período.
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1. O futuro do consumo
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São Paulo - O modo de fazer negócio não será o mesmo nos próximos cinco anos. Grandes tendências estão mudando o padrão de
consumo e comportamento das
marcas. Novas tecnologias, apps, realidade virtual, economia solidária: tudo isso está promovendo grande impacto no mercado. O site
Mashable conversou com especialistas do Young Entrepreneur Council (YEC). Cada um dos 11 líderes listou alguma tendência-chave no comportamento dos consumidores e no campo da tecnologia.
Confira, na galeria de imagens, o que vem pela frente:
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2. 1. O varejo irá focar no serviço
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Tudo pode ser comprado online e essa realidade só vai aumentar. Assim, o varejo deverá fazer o mesmo ao vender serviços. Restaurantes, spas, casas de show: tudo poderá e deverá ser vendido pela internet. (Michael Portman, do Birds Barbershop)
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3. 2. As empresas usarão mais as mensagens de texto
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3/13 (william87/Thinkstock)
O "texting" - mandar uma mensagem de texto, seja por WhatsApp, SMS ou outro serviço - será cada vez mais comum para empresas se comunicarem com seus clientes. E-mails estão sendo cada vez menos usados. Vendas, acordos, avisos: tudo poderá ser resolvido com uma breve e prática mensagem de texto. Essa tendência ainda atrairá mais jovens consumidores e trabalhadores para a companhia. (Drew Gurley, do Redbird Advisors)
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4. 3. A comunicação visual será a melhor maneira de comunicar
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4/13 (Reprodução/YouTube)
O consumidor, em média, presta atenção em alguma coisa por apenas cinco segundos (menos que um peixinho dourado de aquário, que tem atenção de nove segundos). Isso aliado a um mundo onde milhares de marcas brigam por espaço para suas informações. Assim, a melhor forma de se destacar no barulho é se valer das imagens e da comunicação visual. Aliás, um estímulo visual chega ao cérebro 60 mil vezes mais rápido que um estímulo de texto. Além disso, 90% das informações que retemos é visual. (Amy Balliett, do Killer Infographics).
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5. 4. A habilidade de ser autêntico será valorizada
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5/13 (Divulgação/Porsche)
Nos últimos tempos, tudo parece igual em termos de produtos e consumo. Carros, celulares, tablets, franquias... É como se quisessem se parecer com seus competidores. Mas a habilidade de ser autêntico e único voltará com tudo. O produto ou serviço entregue de maneira exemplar e única atrairá os consumidores. (Souny West, do CHiC Capital)
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6. 5. Pagamentos via celular mais comuns
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6/13 (Divulgação/MasterCard)
O pagamento via mobile já evoluiu com bons apps de eBay, Amazon, PayPal e outros. Agora, a tendência é melhorar e expandir o serviço com chaves de segurança e proteção de informações. Programas como Apple Pay e CurrentC já permitem comprar qualquer coisa usando o smartphone. Talvez eles substituam os cartões de crédito em cinco anos. (Anthony Johnson, do American Injury Attorney Group)
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7. 6. Consumo e economia serão compartilhados
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7/13 (Divulgação/ Panasonic)
A tendência é que cada vez mais as pessoas busquem serviços e produtos compartilhados. Locais de trabalho e habitação, carros e caronas, pequenos eletrônicos: a economia compartilhada estará presente em todos os aspectos da vida. Isso mudará o modo de consumo, substituindo muitos "compra e venda" por "aluga-se". (Andrew Schrage, do Money Crashers Personal Finance)
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8. 7. O consumo de serviços B2B irá aumentar
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8/13 (ThinkStock/milosducati)
Grandes líderes, empresários e empreendedores já trabalham com apps e serviço de consumo. Agora, eles irão atrás das tecnologias que permitam o mesmo acesso para os serviços B2B (Business to Business, que se refere a um espaço de troca e venda direta entre empresas). (Elliot Tomaeno, do Astrsk PR)
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9. 8. Sites responsivos serão mais populares
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Os empresários precisarão perceber que a experiência do consumidores no site (seja no desktop, seja no mobile) será cada vez mais importante e irá impactar diretamente na sua percepção ou atitude diante da marca. Assim, sites responsivos e criativos serão essenciais para atrair pessoas, não afastá-las. (Jayna Cooke, do EVENTup)
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10. 9. O consumo do dia a dia será digital
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Com a popularização dos smartphones, o consumo do dia a dia será digital. Limpar a casa, pedir o almoço, arrumar o carro: tudo será feito no mundo virtual. (Vishal Shah, do NoPaperForms)
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11. 10. O foco será a privacidade
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11/13 (Chris Jackson/EXAME.com)
Os consumidores estarão cada vez mais preocupados com a privacidade: nos pagamentos, nas transações, nas buscas por produtos e serviços. Poucos querem que as empresas tenham todas as suas informações depois de comprar ou pesquisar por algo. Aumentará a procura por sites, apps e outras ferramentas para deixar tudo mais discreto e confidencial. (Nick Reese, do BroadbandNow)
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12. 11. A realidade virtual será uma plataforma
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12/13 (Tobias Schwarz/AFP)
Por enquanto, há três plataformas para as marcas trabalharem na era da informação: computadores, mobiles e a Internet. Em breve, a realidade virtual entrará nessa lista. Logo, comerciais e anúncios poderão trabalhar com ferramentas que utilizam a realidade virtual, como o Oculus Rift. (Sathvik Tantry, do FormSwift)
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13. Veja agora o que significam os nomes de 15 marcas
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13/13 (Getty Images)