Economia

Criação de vagas nos EUA supera expectativas em julho e vai a 528 mil; desemprego cai para 3,5%

Números superaram as expectativas do mercado, que esperava que o payroll revelasse a criação de 250.000 empregos urbanos em julho

EUA: Em julho, o salário médio por hora teve teve alta de 0,5% em relação a junho.  (Oli Scarff/Reuters)

EUA: Em julho, o salário médio por hora teve teve alta de 0,5% em relação a junho.  (Oli Scarff/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 5 de agosto de 2022 às 09h43.

Última atualização em 5 de agosto de 2022 às 10h14.

A criação de vagas de trabalho nos Estados Unidos ficou bem acima do esperado em julho e a taxa de desemprego caiu no mês para 3,5%, voltando ao nível de fevereiro de 2020, segundo dados publicados nesta sexta-feira, 5, pelo Departamento do Trabalho do país.

A economia do país criou cerca de 528 mil novos postos de trabalho, somando a geração nos setores público e privado. Essa foi a 19º alta consecutiva do mercado de trabalho americano. 

O consenso do mercado era de que o payroll revelasse a criação de 250.000 empregos urbanos e a taxa de desemprego permanecesse em 3,6%.

Em julho, o salário médio por hora teve alta de 0,47% em relação a junho, ou US$ 0,15, a US$ 32,27, superando a previsão de alta de 0,30%. Na comparação anual, houve acréscimo salarial de 5,22% no último mês, também acima da projeção de 4,90%.

Além disso, o Departamento do Trabalho revisou para cima os números de criação de postos de trabalho de junho, de 372 mil para 398 mil, e também de maio, de 384 mil para 386 mil.

O resultado mais forte que o esperado pode alimentar ainda mais a tese de aperto monetário mais duro do Federal Reserve (Fed) na próxima reunião para combater a inflação americana. Na última decisão do banco central americano, a taxa de juros do país foi elevada em 0,75 ponto percentual (p.p.) para o intervalo de 2,25% e 2,50%. A alta foi a quarta elevação desde março e a segunda consecutiva em que o Fed sobe a taxa em 0,75 p.p.

O ajuste teve como principal objetivo controlar a crescente inflação dos Estados Unidos, ainda que ao custo de desacelerar a maior economia do mundo.  A inflação ao consumidor americano chegou a 9,1% em junho, o maior patamar desde o início da década de 1980.

O relatório de emprego americana indica um quadro econômico positivo, apesar de dois trimestres de contração no PIB do país. A economia americana encolheu 0,9% entre abril e junho na comparação anual e 0,2% em relação ao primeiro trimestre. O PIB americano já havia caído 1,6% no primeiro trimestre na comparação anual, o que, pela definição, coloca o país em recessão técnica. A classificação de recessão técnica acontece quando há duas quedas trimestrais consecutivas. 

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