Economia

Criação de vagas nos EUA salta em abril e desemprego recua

Taxa de desemprego atingiu a mínima de 5 anos e meio de 6,3%, sugerindo uma forte retomada na atividade econômica no começo do segundo trimestre


	Economia norte-americana: economia estagnou no primeiro trimestre, pressionada por um inverno atipicamente frio e severo
 (Karen Bleier/AFP)

Economia norte-americana: economia estagnou no primeiro trimestre, pressionada por um inverno atipicamente frio e severo (Karen Bleier/AFP)

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Da Redação

Publicado em 2 de maio de 2014 às 10h28.

Washington - A criação de vagas de emprego nos Estados Unidos aumentou no ritmo mais rápido em mais de dois anos em abril e a taxa de desemprego atingiu a mínima de 5 anos e meio de 6,3 por cento, sugerindo uma forte retomada na atividade econômica no começo do segundo trimestre.

Foram criadas 288 mil vagas fora do setor agrícola em abril, informou o Departamento do Trabalho nesta sexta-feira. Esse foi o maior avanço desde janeiro de 2012 e superou as expectativas de Wall Street de um acréscimo de apenas 210 mil vagas.

A taxa de desempregou caiu 0,4 ponto percentual, tocando o nível mais baixo desde setembro de 2008. O Departamento do Trabalho atribuiu o recuo a uma queda no número de desempregados que voltaram ao mercado de trabalho, além de uma queda no número de pessoas novas que entraram na força de trabalho.

A economia estagnou no primeiro trimestre, pressionada por um inverno atipicamente frio e severo. Um ritmo fraco de acúmulo de estoques por empresas também minou o crescimento.

O relatório de empregos se junta a outros dados positivos, como os gastos dos consumidores e a produção industrial, sugerindo que o ritmo de 0,1 por cento de crescimento anual visto no primeiro trimestre foi uma aberração e não reflete os fundamentos da economia.

O Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, ignorou na quarta-feira o desempenho fraco. O Fed, que anunciou mais reduções à soma de dinheiro que está injetando na economia através de compras mensais de títulos, disse que os indícios são de que "o crescimento na atividade econômica acelerou recentemente".

Economistas esperam que o crescimento no segundo trimestre supere um ritmo de 3 por cento.

Embora detalhes da pesquisa mais ampla com empregadores sejam favoráveis, a pesquisa menor e volátil com famílias, pela qual é calculada a taxa de desemprego, mostrou números mistos.

O emprego das famílias caiu ligeiramente após aumentar de forma robusta no primeiro trimestre. A força de trabalho, que também cresceu no mesmo período uma vez que as perspectivas de emprego melhores encorajaram alguns que haviam desistido a voltar a procurar por emprego, caiu com força em abril.

A taxa de participação na força de trabalho, ou a parcela de norte-americanos em idade de trabalho que estão empregados ou desempregados mas procurando emprego, caiu 0,4 ponto percentual, para 62,8 por cento. Esse foi o menor nível desde dezembro.

Parte dos 1,35 milhão de pessoas que perderam seu auxílio-desmprego de longo prazo no final de dezembro pode ter deixado a força de trabalho no mês passado.

A taxa de participação e o persistentemente alto número de norte-americanos sem trabalho há muito tempo pode fazer com que o Fed evite elevar os juros por algum tempo.

Os ganhos de empregos em abril foram generalizados. Foram criadas 15 mil vagas no setor público e 12 mil no setor industrial. O setor de construção teve 32 mil contratações, mas a tendência de contratações pode se desacelerar nos próximos meses conforme a construção de moradias perde alguma força.

A renda média por hora trabalhada ficou estável em abril

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