Crescimento mais rápido está a caminho, afirma Dilma

Brasília -A presidente Dilma Rousseff prometeu que seu segundo mandato seria marcado por um crescimento mais rápido e um controle “rigoroso” da inflação, após dizer que a maior economia da América Latina apresentou um desempenho abaixo do esperado neste ano.

Em uma carta enviada ontem aos participantes da Brazil Opportunities Conference, realizada pelo JPMorgan Chase Co . em São Paulo, Dilma disse que a economia está passando por um momento de “transição” provocado pela queda dos preços das commodities.

Embora tenha defendido o desempenho de seu governo na redução do desemprego, Dilma disse que sua equipe econômica, incluindo o novo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, realizariam medidas graduais para reforçar o crescimento.

“Temos conseguido manter a inflação dentro do intervalo estabelecido pelo governo, bem como temos sustentado uma baixa taxa de desemprego”, disse Dilma na carta.

“A nova equipe econômica trabalhará em medidas de elevação gradual, mas estrutural, do superávit primário da União, de modo a estabilizar e depois reduzir a dívida bruta do setor público em relação ao PIB”.

Segundo previsão dos economistas, o Brasil crescerá no ritmo mais lento desde 2009 após sair da recessão do primeiro semestre do ano. A inflação, que paira perto do teto de 6,5 por cento estabelecido pelo Banco Central, será um primeiro desafio para Levy em um momento em que o Brasil busca evitar a perda de seu rating de grau de investimento.

O BC elevou a taxa de referência em 25 pontos-base, para 11,25 por cento, no dia 29 de outubro. Os diretores do BC encerram a última reunião de 2014, com dois dias de duração, hoje.

Perspectiva reduzida

Os economistas que cobrem o Brasil reduziram sua projeção para o crescimento neste ano de 0,20 por cento para 0,19 por cento, segundo a mediana de cerca de 100 estimativas obtida por meio de uma pesquisa do BC publicada anteontem. A economia teve uma expansão de 0,1 por cento no terceiro trimestre, após contrações de 0,2 por cento e 0,6 por cento no primeiro e no segundo trimestres, respectivamente.

O índice acionário Ibovespa estendeu ontem a maior queda consecutiva desde outubro porque a produção industrial caiu mais do que o previsto pelos economistas. A produção teve uma redução de 3,6 por cento em outubro em relação a um ano antes, informou o IBGE.

A inflação anual diminuiu em meados de novembro, para 6,42 por cento, contra 6,62 por cento no mês anterior. O BC mira uma inflação de 4,5 por cento por ano, com dois pontos porcentuais para mais ou para menos.

O Brasil sofreu em março seu primeiro rebaixamento na nota em uma década, quando a Standard Poor’s reduziu o rating da dívida soberana do país para um nível acima do grau especulativo citando o crescimento lento e a piora dos resultados fiscais. Em setembro, a Moody’s Investors Services reduziu a perspectiva do Brasil para negativa. Pela primeira vez na história, o Brasil registrou déficit primário nos primeiros 10 meses do ano.

2. Ambev

2 /17(Fábio Nutti/EXAME)

3. Bradesco

3 /17(Adriano Machado/Bloomberg News)

4. Cielo

4 /17(Divulgação)

Setor	Financeiro
Valor de mercado em 31/12 de 2010	18,29 bilhões de reais
Valor de mercado em 24/11 de 2014	68,24 bilhões de reais
Variação em reais	49,95 bilhões

5. Itaú

5 /17(Luísa Melo/Exame.com)

Setor	Financeiro
Valor de mercado em 31/12 de 2010	159,66 bilhões de reais
Valor de mercado em 24/11 de 2014	201,5 bilhões de reais
Variação em reais	41,83 bilhões

6. BRF

6 /17(Divulgação)

Setor	Financeiro
Valor de mercado em 31/12 de 2010	23,83 bilhões de reais
Valor de mercado em 24/11 de 2014	58,51 bilhões de reais
Variação em reais	34,68 bilhões

7. Telefônica

7 /17(Dominique Faget/AFP)

Setor	Financeiro
Valor de mercado em 31/12 de 2010	20,59 bilhões de reais
Valor de mercado em 24/11 de 2014	54,34 bilhões de reais
Variação em reais	33,74 bilhões

8. Kroton

8 /17(Divulgação)

Setor	Financeiro
Valor de mercado em 31/12 de 2010	1,42 bilhões de reais
Valor de mercado em 24/11 de 2014	29,08 bilhões de reais
Variação em reais	27,65 bilhões

9. JBS

9 /17(AFP)

Setor	Financeiro
Valor de mercado em 31/12 de 2010	17,87 bilhões de reais
Valor de mercado em 24/11 de 2014	34,76 bilhões de reais
Variação em reais	16,89 bilhões

10. Ultrapar

10 /17(Divulgação)

Setor	Financeiro
Valor de mercado em 31/12 de 2010	14,07 bilhões de reais
Valor de mercado em 24/11 de 2014	29,62 bilhões de reais
Variação em reais	15,55 bilhões

11. TIM

11 /17(Divulgação)

Setor	Financeiro
Valor de mercado em 31/12 de 2010	14,73 bilhões de reais
Valor de mercado em 24/11 de 2014	29,70 bilhões de reais
Variação em reais	14,97 bilhões

12. WEG

12 /17(Reprodução da web/WEG)

Setor	Financeiro
Valor de mercado em 31/12 de 2010	13,53 bilhões de reais
Valor de mercado em 24/11 de 2014	24,60 bilhões de reais
Variação em reais	11,06 bilhões

13. CCR

13 /17(Valéria Gonçalves/EXAME.com)

Setor	Financeiro
Valor de mercado em 31/12 de 2010	20,70 bilhões de reais
Valor de mercado em 24/11 de 2014	30,95 bilhões de reais
Variação em reais	10,24 bilhões

14. Pão de Açúcar

14 /17(Marcos Issa/Bloomberg)

Setor	Financeiro
Valor de mercado em 31/12 de 2010	17,84 bilhões de reais
Valor de mercado em 24/11 de 2014	28,07 bilhões de reais
Variação em reais	10,22 bilhões

15. Embratel

15 /17(Divulgação)

Setor	Financeiro
Valor de mercado em 31/12 de 2010	10,67 bilhões de reais
Valor de mercado em 24/11 de 2014	20,06 bilhões de reais
Variação em reais	9,39 bilhões

16. Embraer

16 /17(redlegsfan21/Wikimedia)

Setor	Financeiro
Valor de mercado em 31/12 de 2010	8,53 bilhões de reais
Valor de mercado em 24/11 de 2014	17,08 bilhões de reais
Variação em reais	8,54 bilhões

17. Agora, confira as mais desvalorizadas do período

17 /17(GettyImages)

Petrobrás foi uma das que mais perdeu valor