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Crescer menos em determinado momento é normal, diz Guardia

Em reunião no FMI, o ministro da Fazenda defendeu que a economia brasileira voltará a crescer com a aprovação de reformas

Guardia: ele voltou a defender a necessidade da reforma da Previdência para que a política fiscal não seja afetada (Adriano Machado/Reuters)
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Reuters

Publicado em 19 de abril de 2018 às 14h28.

Última atualização em 19 de abril de 2018 às 14h41.

Washington - O ministro da Fazenda , Eduardo Guardia, afirmou nesta quinta-feira que é normal a economia dar resultados aquém do esperado em determinados momentos de recuperação, acrescentando que o Produto Interno Bruto (PIB) potencial do país pode crescer para entre 3,5 e 4 por cento, sobre 2,5 por cento hoje, se a agenda de reformas for aprovada.

"A boa notícia é que o PIB está crescendo e crescendo em todos os setores... menos o consumo do governo", afirmou o ministro, que participa da reunião do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial, em Washington.

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A economia brasileira vem tropeçando neste início do ano, com diversos indicadores vindo abaixo do esperado, o que tem levado boa parte dos analistas a piorar suas projeções de expansão para este ano.

Pesquisa Focus do Banco Central, que ouve uma centena de economistas todas as semanas, já captou esse movimento. Para este ano, agora as contas são de crescimento de 2,76 por cento do PIB, contra 3 por cento recentemente.

Guardia, em entrevista a jornalistas, reafirmou que a previsão do governo continua sendo de 3 por cento para 2018 mas, se necessário, pode rever esse número.

O ministro também voltou a defender a necessidade da reforma da Previdência para que a política fiscal não seja afetada, e defendeu que o governo continua trabalhando para aprovar sua agenda de reformas no Congresso em breve.

Ele voltou a citar como exemplos os projetos de simplificação tributária do Pis/Cofins e do ICMS.

Guardia, que assumiu recentemente o ministério no lugar de Henrique Meirelles, não comentou sobre política monetária ou se há espaço para mais cortes da Selic. "O meu trabalho está na outra ponta, dar condições para que a gente continue não só avançando, mas preservando o que a gente já conquistou", afirmou ele.

Hoje, a taxa básica de juros está na mínima histórica de 6,50 por cento ao ano e, diante da inflação ainda baixa, o Banco Central já deixou claro que a reduzirá mais.

Mais cedo, Guardia participou de uma reunião com ministros das Finanças de outros países sobre a Venezuela. Ele afirmou que existe preocupação com a situação econômica e a questão humanitária da Venezuela, e que é preciso continuar monitorando o cenário do país.

Milhares de refugiados do país vizinho têm buscado o Brasil como abrigo.

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