Economia

Crédito caro prejudica energias renováveis, diz CPFL

O executivo disse que os financiamentos chegam a registrar custo de CDI mais 5%, patamar visto por ele como muito elevado para o setor de infraestrutura


	Etanol: o executivo disse que os financiamentos chegam a registrar custo de CDI mais 5 por cento, patamar visto por ele como muito elevado para o setor de infraestrutura
 (Bloomberg News)

Etanol: o executivo disse que os financiamentos chegam a registrar custo de CDI mais 5 por cento, patamar visto por ele como muito elevado para o setor de infraestrutura (Bloomberg News)

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Da Redação

Publicado em 30 de novembro de 2015 às 12h24.

São Paulo - O atual cenário de crédito no Brasil, com falta de apetite dos bancos para emprestar e aumento do custo das operações, desafiam o setor de energias renováveis, no qual muitas empresas hoje enfrentam dificuldade para seguir com os investimentos, afirmou nesta segunda-feira o presidente da CPFL Renováveis, André Dorf, ao participar de evento em São Paulo.

O executivo disse que os financiamentos chegam a registrar custo de CDI mais 5 por cento, patamar visto por ele como muito elevado para o setor de infraestrutura.

Esse cenário, segundo Dorf, cria desafios para empresas que não possuem grande solidez financeira, o que pode favorecer transações de fusões e aquisições, em um movimento de consolidação no mercado, ao qual a CPFL Renováveis está atenta para aproveitar eventuais oportunidades.

Dorf também apontou preocupações do segmento de energia renovável com o constante atraso em linhas de transmissão, que tem levado algumas usinas a ficarem prontas, mas sem ter como escoar a energia, o que ele considera "o maior desafio" dos investidores em energia eólica no país.

Fragilidade

O presidente da holding CPFL Energia, Wilson Ferreira Jr, concordou, ao dizer que o setor de transmissão de energia está com as empresas "muito fragilizadas", e lembrando dos resultados ruins dos últimos leilões para a concessão de linhas de transmissão, que tiveram predominância de lotes "vazios" --sem atrair interesse de investidores.

A situação decorre, segundo ele, da falta de definição sobre como o governo federal quitará indenizações bilionárias prometidas às transmissoras ainda no final de 2012, em troca da renovação de contratos de concessão.

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