CPI do HSBC conclui trabalho sem indiciamentos
CPI do HSBC, criada para investigar contas não declaradas na Suíça, foi encerrada sem indiciamentos
Da Redação
Publicado em 25 de maio de 2016 às 13h55.
Após mais de um ano de funcionamento, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do HSBC , criada para investigar contas não declaradas de brasileiros na Suíça , encerrou hoje (25) os trabalhos, aprovando, simbolicamente, o relatório do senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES).
O texto não prevê indiciamentos, mas pede celeridade nas investigações conduzidas pela Polícia Federal (PF) e pelo Ministério Público sobre suposta prática de evasão de divisas.
Ferraço esclareceu que não houve indiciamentos por causa da dificuldade de órgãos, como a Secretaria de Tecnologia e Informação (Prodasen) e departamentos especializados em tecnologia da própria Polícia Federal, em examinar arquivos criptografados encaminhados à comissão pela Justiça francesa.
“Só em fevereiro, conseguimos acesso à lista que nos foi enviada pelo Ministério das Finanças da França. A lista veio criptografada com elevado nível de sofisticação”, afirmou.
Para o relator, a falta de indiciamentos não indica fracasso da comissão. “A CPI colocou luz, agendou o tema e fez com que os órgãos de Estado acelerassem o processo de investigação”, disse o senador, destacando que as investigações acerca do episódio conhecido como Swiss Leaks devem continuar aprofundadas pelos órgãos de fiscalização e controle que podem chegar aos indiciamentos.
“Esses órgãos têm acordo de cooperação direto com a Suiça”, acrescentou.
Autor do pedido que criou a comissão, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) tentou prorrogar mais uma vez os trabalhos. A CPI teve prazo de funcionamento estendido por duas vezes.
Em um voto em separado, o parlamentar sinalizou que o relatório de Ferraço foi insuficiente e deveria prever uma apuração dos dirigentes do HSBC no Brasil e da lista com nomes de mais de 10 mil correntistas brasileiros na Suíça.
Rodrigues lembrou que o HSBC está sendo negociado pelo Bradesco por US$ 5 bilhões. A operação, conduzida paralelamente ao trabalho da comissão, já foi autorizada pelo Banco Central e aguarda parecer do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
“Há um evidente interesse econômico por parte dos dirigentes do HSBC no Brasil e contrário ao da CPI. Que o Cade aprofunde as investigações sobre atuação da instituição no Brasil e de seus dirigentes. Entendemos que o encerramento da CPI não é oportuno na atual cisrcunstância”, afirmou.
Vencido, Randolfe pediu que suas observações fossem incluídas no texto de Ferraço. O relator alertou que a continuidade dos trabalhos da comissão poderia significar um “desperdício de dinheiro público”, já que as investigações estão sendo conduzidas pela Polícia Federal e Ministério Público.
“A Procuradoria-Geral da República tem inquérito e delegado constituídos. O que faríamos era agir em paralelo com órgãos de Estado que estão fazendo este procedimento. Estão investigando com mais expertise do que nós. Não quero crer que a PGR que instaurou o inquérito não vá concluir a investigação”, concluiu.
Após mais de um ano de funcionamento, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do HSBC , criada para investigar contas não declaradas de brasileiros na Suíça , encerrou hoje (25) os trabalhos, aprovando, simbolicamente, o relatório do senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES).
O texto não prevê indiciamentos, mas pede celeridade nas investigações conduzidas pela Polícia Federal (PF) e pelo Ministério Público sobre suposta prática de evasão de divisas.
Ferraço esclareceu que não houve indiciamentos por causa da dificuldade de órgãos, como a Secretaria de Tecnologia e Informação (Prodasen) e departamentos especializados em tecnologia da própria Polícia Federal, em examinar arquivos criptografados encaminhados à comissão pela Justiça francesa.
“Só em fevereiro, conseguimos acesso à lista que nos foi enviada pelo Ministério das Finanças da França. A lista veio criptografada com elevado nível de sofisticação”, afirmou.
Para o relator, a falta de indiciamentos não indica fracasso da comissão. “A CPI colocou luz, agendou o tema e fez com que os órgãos de Estado acelerassem o processo de investigação”, disse o senador, destacando que as investigações acerca do episódio conhecido como Swiss Leaks devem continuar aprofundadas pelos órgãos de fiscalização e controle que podem chegar aos indiciamentos.
“Esses órgãos têm acordo de cooperação direto com a Suiça”, acrescentou.
Autor do pedido que criou a comissão, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) tentou prorrogar mais uma vez os trabalhos. A CPI teve prazo de funcionamento estendido por duas vezes.
Em um voto em separado, o parlamentar sinalizou que o relatório de Ferraço foi insuficiente e deveria prever uma apuração dos dirigentes do HSBC no Brasil e da lista com nomes de mais de 10 mil correntistas brasileiros na Suíça.
Rodrigues lembrou que o HSBC está sendo negociado pelo Bradesco por US$ 5 bilhões. A operação, conduzida paralelamente ao trabalho da comissão, já foi autorizada pelo Banco Central e aguarda parecer do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
“Há um evidente interesse econômico por parte dos dirigentes do HSBC no Brasil e contrário ao da CPI. Que o Cade aprofunde as investigações sobre atuação da instituição no Brasil e de seus dirigentes. Entendemos que o encerramento da CPI não é oportuno na atual cisrcunstância”, afirmou.
Vencido, Randolfe pediu que suas observações fossem incluídas no texto de Ferraço. O relator alertou que a continuidade dos trabalhos da comissão poderia significar um “desperdício de dinheiro público”, já que as investigações estão sendo conduzidas pela Polícia Federal e Ministério Público.
“A Procuradoria-Geral da República tem inquérito e delegado constituídos. O que faríamos era agir em paralelo com órgãos de Estado que estão fazendo este procedimento. Estão investigando com mais expertise do que nós. Não quero crer que a PGR que instaurou o inquérito não vá concluir a investigação”, concluiu.