Economia

Cortes no orçamento vão evitar voo de galinha

Madri - O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, disse que os cortes no Orçamento anunciados pelo governo permitirão que o crescimento da economia brasileira não seja instantâneo. "Não estamos, de forma alguma, preocupados em ter voo da galinha. O que não queremos é voar além do que estamos planejando". Paulo Bernardo participa na capital espanhola […]

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h42.

Madri - O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, disse que os cortes no Orçamento anunciados pelo governo permitirão que o crescimento da economia brasileira não seja instantâneo. "Não estamos, de forma alguma, preocupados em ter voo da galinha. O que não queremos é voar além do que estamos planejando".

Paulo Bernardo participa na capital espanhola do seminário Aliança para uma Nova Economia, que reúne empresários, políticos e intelectuais do país interessados no cenário econômico brasileiro. Além dele, participam o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho.

As previsões da equipe econômica são de um crescimento entre 5,5% e 6% este ano. Segundo o ministro do Planejamento, há quem acredite que o número possa chegar a 8%. A estratégia do governo é de que os cortes anunciados desacelerem esse crescimento para que em 2011 seja mantida a evolução. "Achamos razoável crescer 6% este ano e 4% ou 5% no ano que vem".

Paulo Bernardo considera pequeno o corte de R$ 10 bilhões, perto da ideia inicial do Ministério da Fazenda, de R$ 20 bilhões. Ele afirmou que não haverá cortes no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), mas admitiu que alguns investimentos serão atingidos - entre eles as emendas parlamentares.

De acordo com o ministro, o presidente não vai permitir que as disputas políticas atuais influenciem as decisões econômicas. De qualquer forma, os efeitos dos cortes feitos agora nos gastos só serão sentidos no ano que vem. Paulo Bernardo garantiu aos investidores espanhóis que o crescimento será mantido, seja qual for o resultado.

Para o ministro, se a pré-candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, vencer, ela deve dar continuidade à política econômica. Se a oposição vencer, Paulo Bernardo prevê que não deve haver mudanças substanciais porque o crescimento econômico é defendido pelo povo. "Dificilmente, uma vitória da oposição vai representar um desmantalemento dessa política de Estado, até porque vai haver uma reação muito negativa".

Acompanhe tudo sobre:América LatinaDados de BrasilGovernoOrçamento federal

Mais de Economia

Lula sanciona lei que fixa imposto mínimo de 15% para multinacionais no Brasil

Lula sanciona lei que eleva arrecadação federal em R$ 16 bilhões em 2025

Brasil busca inclusão de mulheres no comércio exterior para fortalecer economia

PIS/Pasep: entenda como fica o abono com novo salário mínimo e após mudança de regra