Economia

Cortes na Selic devem continuar em ritmo moderado, diz Ilan

Segundo o presidente do Banco Central, a taxa Selic e de juros reais estão em níveis sustentáveis

Ilan Goldfajn (Marcelo Camargo/Reuters)

Ilan Goldfajn (Marcelo Camargo/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 13 de outubro de 2017 às 13h39.

Washington - O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, disse nesta sexta-feira, 13, em Washington, que "o processo de redução de juros não terminou e acreditamos que vamos moderar o ritmo de queda." Segundo o presidente, a taxa Selic e de juros reais estão em níveis sustentáveis.

Segundo Ilan Goldfajn, há uma percepção de analistas e também nos preços de ativos financeiros que "há confiança de que a taxa de juros continuará baixa em período longo." Para ele, "talvez a gente consiga no Brasil um período de inflação e juros baixos".

De acordo com o presidente do Banco Central, o País "tem componentes próprios que foram preponderantes para reduzir inflação". Ele destacou que as expectativas de inflação estão ancoradas no curto prazo e também as relativas a 2019 e 2020.

Para Ilan Goldfajn, as reformas fiscais adotadas pelo governo tem grande papel neste processo. "E quanto mais cedo a reforma da Previdência for aprovada é melhor para todo mundo."

Câmbio

O presidente do Banco Central disse que "a taxa de câmbio é flutuante" no Brasil, e "temos observado certa estabilidade", especialmente porque o movimento de diversas moedas pelo mundo também "apresenta estabilidade".

Ilan disse que o crescimento paulatino e inflação baixa nos EUA têm favorecido o Brasil, pois ajudam no ambiente benigno internacional.

Retomada

Segundo Ilan Goldfajn, a retomada da economia do Brasil está ocorrendo de forma positiva. "O PIB deve ter trajetória de crescimento entre 2% e 3% no final deste ano, início de 2018. É uma recuperação gradual e sustentável", apontou.

Acompanhe tudo sobre:Banco CentralIlan GoldfajnSelic

Mais de Economia

Plano Real, 30 anos: "A MOEDA NOVA É SÓ O PRIMEIRO PASSO"

Plano Real, 30 anos: "VAMOS LÁ. CHEGOU O REAL"

Por que os recordes de arrecadação do governo Lula não animam mais o mercado?

Conta de luz vai aumentar em julho após Aneel acionar bandeira amarela; veja valores

Mais na Exame