Economia

Copom liga meta da inflação a estabilidade monetária

Para chegar a essa avaliação o grupo considerou o balanço de riscos para a inflação e a recuperação da atividade doméstica


	O documento faz a mesma observação vista no comunicado que se seguiu à decisão de corte da Selic de 0,25 ponto porcentual
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

O documento faz a mesma observação vista no comunicado que se seguiu à decisão de corte da Selic de 0,25 ponto porcentual (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 18 de outubro de 2012 às 10h37.

Brasília - A ata do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada nesta quinta-feira pelo Banco Central, salientou que o colegiado entende que a estabilidade das condições monetárias por um período de tempo suficientemente prolongado é a estratégia mais adequada para garantir a convergência da inflação para a meta.

O documento faz a mesma observação vista no comunicado que se seguiu à decisão de corte da Selic de 0,25 ponto porcentual, para 7,25% ao ano: de que o movimento de convergência pode ocorrer ainda que de forma não linear.

Para chegar a essa avaliação o grupo considerou o balanço de riscos para a inflação, a recuperação da atividade doméstica e a complexidade que envolve o ambiente internacional.

Ajuste

Os cinco membros do Comitê de Política Monetária (Copom) que votaram pela redução da Selic para 7,25% ao ano avaliam que o cenário prospectivo para a inflação ainda comportava um último ajuste nas condições monetárias, segundo a ata divulgada nesta quinta-feira pelo Banco Central. Para esses cinco membros, restavam incertezas quanto à velocidade de recuperação da atividade.

Em grande parte, conforme o documento, essas dúvidas existiam em decorrência das perspectivas de que o período de fragilidade da economia global seja mais prolongado do que se antecipava, com repercussões desinflacionárias sobre a economia doméstica. Os cinco que fazem parte desse grupo são o presidente Alexandre Antonio Tombini e os diretores Aldo Luiz Mendes, Altamir Lopes, Luiz Awazu Pereira da Silva e Luiz Edson Feltrim.

Além disso, o grupo destacou que as recentes pressões de preços decorrem, principalmente, de choques de oferta, internos e externos, que tendem a reverter no médio prazo.

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