Economia

Copom inicia reunião com mercado esperando 3ª alta da Selic

O mercado financeiro é unânime ao aguardar a terceira elevação seguida da Selic, que atualmente está em 11,75% ao ano


	Copom: apostas majoritárias são de alta de 0,50 ponto porcentual, de acordo com AE Projeções
 (Agência Brasil)

Copom: apostas majoritárias são de alta de 0,50 ponto porcentual, de acordo com AE Projeções (Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 20 de janeiro de 2015 às 15h58.

Brasília - Começou às 16h12 desta terça-feira, 20, a primeira parte da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), informou a assessoria de imprensa do Banco Central.

O mercado financeiro é unânime ao aguardar a terceira elevação seguida da Selic, que atualmente está em 11,75% ao ano.

As apostas majoritárias são de um aumento de 0,50 ponto porcentual, de acordo com o AE Projeções, sendo que apenas seis de 82 instituições financeiras consultadas preveem um incremento menor, de 0,25 ponto.

Se a maioria dos consultados estiver correta, será o maior nível do juro básico desde julho de 2011, quando estava em 12,50% ao ano.

A divulgação da nova taxa será feita nesta quarta-feira, após o fechamento dos mercados.

A decisão sobre o rumo dos juros se dá em um momento de elevação da inflação corrente.

Apesar do alerta sobre esse fenômeno de alta nos primeiros meses de 2015 já ter sido dado pelo presidente do BC, Alexandre Tombini, que enxerga uma desaceleração ao longo do ano, são crescentes as estimativas do mercado de que o IPCA vai fechar 2015 acima do teto da meta de 6,50%.

Por trás dos cálculos dos economistas está o fator "realinhamento de preços" - leia-se repasse da alta do dólar para a inflação e aproximação dos preços administrados para o patamar dos livres.

O aumento de impostos anunciados ontem, entre eles o encarecimento do crédito e de produtos importados, dão mais combustível a essa análise.

O diretor de Política Econômica da instituição, Carlos Hamilton Araújo, previu ao final do ano passado que as projeções de 2015 estariam contaminadas pelas taxas efetivas de curto prazo, mas que, para 2016, as ações do BC passarão a balizar as apostas dos economistas.

Na última pesquisa Focus, a mediana das previsões para o IPCA de janeiro estava em 1,10% e a de fevereiro, em 0,75%.

A estimativa para a inflação no encerramento de 2015 passou de 6,60% para 6,67%.

A Focus também mostra que a expectativa é de que, em dezembro deste ano, a Selic esteja em 12,50%.

O grupo dos analistas que mais acertam as projeções de médio prazo, o chamado Top 5, já conta com um aperto monetário maior para o período, com a taxa atingindo a marca de 13% ao ano.

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