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Copom deve manter juros, apesar de pressão dos combustíveis

O comitê já sinalizou que incorporou o aumento dos combustíveis à projeção do índice oficial de inflação, o IPCA, deste ano

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h39.

É unânime a avaliação do mercado de que a taxa básica de juros (Selic) será mantida em 16% ao ano, sem viés, na reunião desta semana do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. Mesmo um eventual reajuste dos combustíveis, motivado pela alta dos preços internacionais do petróleo, não deve causar um impacto imediato sobre os juros. Para a Tendências Consultoria, na ata de sua última reunião, o Copom já sinalizou que incorporou o aumento dos combustíveis à projeção do índice oficial de inflação, o IPCA, deste ano.

A única dúvida, conforme a Tendências, é se o preço do petróleo permanecerá elevado por muito mais tempo, cenário que o BC não está considerando em suas projeções. Para a consultoria, um período prolongado de preços elevados não é a situação mais provável.

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Na avaliação dos analistas do Crédit Suisse First Boston (CSFB), a manutenção da taxa Selic deve se sustentar em dois pontos. O primeiro é a expectativa de desaceleração do crescimento econômico no segundo semestre. Isto ocorrerá, segundo a instituição, porque os últimos seis meses de 2003 já indicavam alguma retomada econômica e, em decorrência, representam uma base de comparação mais elevada.

Além disso, há evidências de que a inflação de agosto e de setembro continuará desacelerando. O CSFB afirma que não há sinais de pressão generalizada sobre os preços, causadas por forte demanda de consumo. Por isso, o IPCA deve ficar em torno de 0,5% em agosto e setembro, segundo estimativa da instituição. Para o ano, os analistas prevêem IPCA de 7,2%, pouco acima dos 7,16% projetados pelo mercado, conforme o relatório de mercado do Banco Central, divulgado nesta segunda-feira (16/8). A reunião do Copom está programada para esta terça-feira (17/8) e quarta-feira (18/8).

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