Economia

Copa ampliou queda da produção industrial em junho, diz IBGE

Produção cedeu 1,4% em junho ante maio, a mais intensa queda desde dezembro do ano passado


	Indústria: queda da produção tem relação com menor número de dias trabalhados, redução da jornada de trabalho, férias coletivas e cortes de turnos de trabalho
 (Eduardo Moody/Divulgação)

Indústria: queda da produção tem relação com menor número de dias trabalhados, redução da jornada de trabalho, férias coletivas e cortes de turnos de trabalho (Eduardo Moody/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 1 de agosto de 2014 às 11h38.

Rio - A magnitude da queda da produção industrial no mês de junho tem relação direta com a realização da Copa do Mundo no país, afirmou André Macedo, gerente da Coordenação de Indústria do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta sexta-feira, 1.

Hoje, o órgão anunciou que a produção cedeu 1,4% em junho ante maio, a mais intensa desde dezembro do ano passado.

"A magnitude tem relação direta com menor número de dias trabalhados, redução da jornada de trabalho, férias coletivas, cortes de turnos de trabalho, que ficaram como uma marca do mês de junho. E o evento Copa do Mundo tem relação com esses fatores", disse Macedo. Segundo ele, não apenas os jogos do Brasil prejudicaram a indústria, mas o "simples fato de haver várias cidades recebendo jogos", o que aumentou o número de feriados.

Mas o movimento de queda não fica restrito ao mês de junho, ressaltou Macedo. Ele observou que o recuo anunciado hoje foi o quarto dado negativo consecutivo na margem. "O perfil de queda ritmo de produção é algo que não é característico só desse mês", disse.

"Foi em outubro de 2013 que começou o ritmo de queda maior da produção. A Copa potencializou", acrescentou.

Desde outubro do ano passado a produção industrial acumula um recuo de 6,5%. "Percebemos que é característica de um setor industrial que vem mostrando menor dinamismo", afirmou Macedo.

Segundo ele, a menor evolução da demanda doméstica, o cenário externo e a restrição no crédito são fatores que persistem e marcam o ano de 2014.

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