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Controle de gastos renderá frutos no 2º sem, diz Fecomércio

O maior compromisso com o controle dos gastos públicos deverá manter o ritmo de crescimento, mas renderá frutos a partir do 2º semestre, diz a Fecomércio

Comércio: com as contas públicas e inflação em ordem, “a confiança de consumidores e empresários tende a cresce", diz Fecomércio (Arquivo/Agência Brasil)
DR

Da Redação

Publicado em 14 de janeiro de 2015 às 15h25.

Rio de Janeiro -O maior compromisso com o controle dos gastos públicos, manifestado pela nova equipe econômica, se efetivado, deverá manter o “ritmo ameno de crescimento da economia, mas renderá frutos a partir do segundo semestre do ano”.

E com o dever de caso feito, contas públicas e inflação em ordem, “a confiança de consumidores e empresários tende a crescer e, com isso, o consumo das famílias e os investimentos”.

A opinião foi manifestada em nota da Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro ( Fecomércio ), ao comentar os resultados da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada hoje (14) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ( IBGE ).

Ao contrário dos números do IBGE, que apontam crescimento de 0,9% no volume de vendas e de 1,4% na receita nominal do setor - o que acontece pelo quarto mês consecutivo na série livre das influências sazonais -, a Fecomércio-RJ ressalta que as seguidas leituras que a entidade faz da PMC comprovam que o setor não ficou imune ao ritmo hesitante da economia brasileira em 2014.

“As vendas do setor desaceleraram mês a mês, em relação ao ano de 2013, após longo período em que cresceu a taxas de dois dígitos. O fato é que o varejo avança atualmente abaixo de 3% em termos anuais”, destaca a federação.

Na verdade, os dados da PMC indicam que o crescimento acumulado nas vendas, de janeiro a novembro, cresceu 2,4%, enquanto a receita nominal do setor chegou a subir 8,7%.

Quando comparado a novembro do ano passado, a expansão foi 1%, com a receita nominal fechando em alta de 7,1%.

As avaliações da Fecomércio, no entanto, levam em consideração a variação da inflação, o que não acontece com os números do IBGE.

“Se considerado o varejo ampliado, computados resultados de veículos e construção civil, o desempenho cai para uma média de desempenho negativo – puxado pelo primeiro grupo”, avalia a Fecomércio.

A entidade informa que em dezembro de 2014 foi a campo sondar esse movimento. “A maioria dos empresários do estado do Rio de Janeiro (64%) afirmou que as condições atuais da economia nacional apresentaram deterioração em relação aos últimos seis meses”.

Ressalta, por outro lado, que após anos de forte expansão, o mercado de crédito para o consumo está moderado, consequência, principalmente, da elevação das taxas de juros.

“O alto custo da tomada de financiamentos, agravado pelo aperto monetário em curso, inibiu a expansão das concessões, também inibida pelo recuo dos incentivos fiscais. Ainda assim, o saldo das operações segue com crescimento descolado da média da economia – na casa dos 11% anuais. A relação crédito/PIB alcança 58%, enquanto a inadimplência geral – de famílias e empresas – mantém-se em apenas 3%”, conclui a entidade.

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Rio de Janeiro -O maior compromisso com o controle dos gastos públicos, manifestado pela nova equipe econômica, se efetivado, deverá manter o “ritmo ameno de crescimento da economia, mas renderá frutos a partir do segundo semestre do ano”.

E com o dever de caso feito, contas públicas e inflação em ordem, “a confiança de consumidores e empresários tende a crescer e, com isso, o consumo das famílias e os investimentos”.

A opinião foi manifestada em nota da Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro ( Fecomércio ), ao comentar os resultados da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada hoje (14) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ( IBGE ).

Ao contrário dos números do IBGE, que apontam crescimento de 0,9% no volume de vendas e de 1,4% na receita nominal do setor - o que acontece pelo quarto mês consecutivo na série livre das influências sazonais -, a Fecomércio-RJ ressalta que as seguidas leituras que a entidade faz da PMC comprovam que o setor não ficou imune ao ritmo hesitante da economia brasileira em 2014.

“As vendas do setor desaceleraram mês a mês, em relação ao ano de 2013, após longo período em que cresceu a taxas de dois dígitos. O fato é que o varejo avança atualmente abaixo de 3% em termos anuais”, destaca a federação.

Na verdade, os dados da PMC indicam que o crescimento acumulado nas vendas, de janeiro a novembro, cresceu 2,4%, enquanto a receita nominal do setor chegou a subir 8,7%.

Quando comparado a novembro do ano passado, a expansão foi 1%, com a receita nominal fechando em alta de 7,1%.

As avaliações da Fecomércio, no entanto, levam em consideração a variação da inflação, o que não acontece com os números do IBGE.

“Se considerado o varejo ampliado, computados resultados de veículos e construção civil, o desempenho cai para uma média de desempenho negativo – puxado pelo primeiro grupo”, avalia a Fecomércio.

A entidade informa que em dezembro de 2014 foi a campo sondar esse movimento. “A maioria dos empresários do estado do Rio de Janeiro (64%) afirmou que as condições atuais da economia nacional apresentaram deterioração em relação aos últimos seis meses”.

Ressalta, por outro lado, que após anos de forte expansão, o mercado de crédito para o consumo está moderado, consequência, principalmente, da elevação das taxas de juros.

“O alto custo da tomada de financiamentos, agravado pelo aperto monetário em curso, inibiu a expansão das concessões, também inibida pelo recuo dos incentivos fiscais. Ainda assim, o saldo das operações segue com crescimento descolado da média da economia – na casa dos 11% anuais. A relação crédito/PIB alcança 58%, enquanto a inadimplência geral – de famílias e empresas – mantém-se em apenas 3%”, conclui a entidade.

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