Contratações temporárias de fim de ano deverão crescer 5,5%
São Paulo será responsável pelo maior número de contrações, com 29,87% do total, o que corresponde a 46.299 vagas
Da Redação
Publicado em 16 de novembro de 2012 às 18h18.
São Paulo – Em todo o país serão criadas neste fim de ano 155 mil vagas de trabalho temporário. O número é 5,5% maior que o do mesmo período de 2011. A estimativa é da Associação Brasileira das Empresas de Serviços Terceirizáveis e de Trabalho Temporário (Assertem).
“Entendemos que esse aumento se deve ao fato da economia estar mais estável, ao [maior] acesso ao crédito, à redução da taxa de juros e ao Imposto sobre Produtos Industrializados [IPI - que teve a redução prorrogada pelo governo federal para produtos como carros, geladeiras e móveis, entre outros]. As ações que o governo dotou estimulam as compras e, consequentemente, as contratações”, disse a presidenta da Assertem, Jismália de Oliveira Alves.
Segundo ela, São Paulo será responsável pelo maior número de contrações. “São Paulo lidera o número de contratações, com 29,87% [do total de contratações previstas em todo o país], o que corresponde a 46.299 vagas”, disse em entrevista à Agência Brasil, ressaltando a importância do setor comercial na criação de vagas temporárias.
“A indústria deve atender 25% dessas vagas e o comércio, portanto, fica com 75%. No caso do comércio, os principais contratantes são os shoppings centers, os supermercados, as lojas de departamento e o varejo de rua”, ressaltou. Em média, o comércio deve pagar em torno de R$ 872 (aumento de 3,5% em relação ao ano passado) e, a indústria, em torno de R$ 1.115 (crescimento de 5% em comparação a 2011).
Para Jismália, os jovens devem ser os mais beneficiados pelo trabalho temporário. “O trabalho temporário também traz para os jovens, em situação de primeiro emprego, a oportunidade da inserção no mercado de trabalho. Cerca de 20% destas vagas são destinadas para os jovens nessa condição”, disse, ressaltando que o emprego temporário é uma boa chance para quem busca um trabalho efetivo.
“Sempre sugiro que as pessoas encarem a oportunidade não apenas como um trabalho temporário, mas como oportunidade de efetivação. A pesquisa indica que 23 mil trabalhadores, das 155 mil vagas, terão a oportunidade de ser efetivados”, declarou.
Segundo a presidenta da Assertem, é importante também que os candidatos a vagas temporárias observem a legalidade do contrato de trabalho. “O trabalhador temporário tem todos os direitos do trabalhador efetivo, exceto a monta do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço [FGTS] e também o aviso prévio. Portanto, ele deve ficar atento a essa relação formal. A pessoa precisa exigir o registro em carteira e um contrato de trabalho que vai estabelecer as regras desta relação”, orientou.
Para Jismália, o trabalho temporário traz benefícios mesmo para as pessoas que não forem efetivadas. “Mesmo que a pessoa não seja efetivada, ela sairá com o ganho de ter adquirido experiência, ou de ter se qualificado, o que a habilita a se lançar no mercado de trabalho buscando uma nova oportunidade muito mais fortalecida”.
A jornalista Jéssica Santos de Souza está desempregada há 11 meses e procura, há cerca de um mês, por um trabalho temporário no comércio, seja como vendedora ou caixa em lojas de shoppings centers ou livrarias. “[Estou procurando um trabalho temporário] para não ficar parada e aproveitando o aumento da oferta do trabalho temporário que sempre ocorre no fim de ano”, disse.
Segundo ela, atualmente essa busca tem sido feita pela internet, mas, logo, irá pessoalmente às lojas instaladas em shoppings da capital paulista. A jornalista teme que a falta de experiência no varejo dificulte a contratação, além do fato de os “empregadores não verem com bons olhos alguém, cursando pós graduação, estar procurando empregos do gênero [vendedor]”.
Desempregado há cinco meses, Davi Demez tem procurado um trabalho temporário na capital paulista no setor administrativo.“Sempre trabalhei na área de escritório, como auxiliar administrativo ou office boy e estou procurando mais nessa área”, disse. Ele tem ido a agências de emprego e consultado as vagas pela internet. “Espero arrumar um emprego ainda este mês”, completou.
As dificuldades que tem encontrado, principalmente por não ter ensino superior e nem curso de inglês, fizeram Demez se conscientizar da necessidade de se qualificar profissionalmente. "No ano que vem quero estar fazendo aulas de inglês e cursando uma faculdade". Ele também acha que o trabalho temporário é uma boa oportunidade para ser efetivado em alguma função. “Acredito que o trabalho temporário é o início de tudo. Por meio desse trabalho temporário posso ser efetivado futuramente”, disse.
São Paulo – Em todo o país serão criadas neste fim de ano 155 mil vagas de trabalho temporário. O número é 5,5% maior que o do mesmo período de 2011. A estimativa é da Associação Brasileira das Empresas de Serviços Terceirizáveis e de Trabalho Temporário (Assertem).
“Entendemos que esse aumento se deve ao fato da economia estar mais estável, ao [maior] acesso ao crédito, à redução da taxa de juros e ao Imposto sobre Produtos Industrializados [IPI - que teve a redução prorrogada pelo governo federal para produtos como carros, geladeiras e móveis, entre outros]. As ações que o governo dotou estimulam as compras e, consequentemente, as contratações”, disse a presidenta da Assertem, Jismália de Oliveira Alves.
Segundo ela, São Paulo será responsável pelo maior número de contrações. “São Paulo lidera o número de contratações, com 29,87% [do total de contratações previstas em todo o país], o que corresponde a 46.299 vagas”, disse em entrevista à Agência Brasil, ressaltando a importância do setor comercial na criação de vagas temporárias.
“A indústria deve atender 25% dessas vagas e o comércio, portanto, fica com 75%. No caso do comércio, os principais contratantes são os shoppings centers, os supermercados, as lojas de departamento e o varejo de rua”, ressaltou. Em média, o comércio deve pagar em torno de R$ 872 (aumento de 3,5% em relação ao ano passado) e, a indústria, em torno de R$ 1.115 (crescimento de 5% em comparação a 2011).
Para Jismália, os jovens devem ser os mais beneficiados pelo trabalho temporário. “O trabalho temporário também traz para os jovens, em situação de primeiro emprego, a oportunidade da inserção no mercado de trabalho. Cerca de 20% destas vagas são destinadas para os jovens nessa condição”, disse, ressaltando que o emprego temporário é uma boa chance para quem busca um trabalho efetivo.
“Sempre sugiro que as pessoas encarem a oportunidade não apenas como um trabalho temporário, mas como oportunidade de efetivação. A pesquisa indica que 23 mil trabalhadores, das 155 mil vagas, terão a oportunidade de ser efetivados”, declarou.
Segundo a presidenta da Assertem, é importante também que os candidatos a vagas temporárias observem a legalidade do contrato de trabalho. “O trabalhador temporário tem todos os direitos do trabalhador efetivo, exceto a monta do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço [FGTS] e também o aviso prévio. Portanto, ele deve ficar atento a essa relação formal. A pessoa precisa exigir o registro em carteira e um contrato de trabalho que vai estabelecer as regras desta relação”, orientou.
Para Jismália, o trabalho temporário traz benefícios mesmo para as pessoas que não forem efetivadas. “Mesmo que a pessoa não seja efetivada, ela sairá com o ganho de ter adquirido experiência, ou de ter se qualificado, o que a habilita a se lançar no mercado de trabalho buscando uma nova oportunidade muito mais fortalecida”.
A jornalista Jéssica Santos de Souza está desempregada há 11 meses e procura, há cerca de um mês, por um trabalho temporário no comércio, seja como vendedora ou caixa em lojas de shoppings centers ou livrarias. “[Estou procurando um trabalho temporário] para não ficar parada e aproveitando o aumento da oferta do trabalho temporário que sempre ocorre no fim de ano”, disse.
Segundo ela, atualmente essa busca tem sido feita pela internet, mas, logo, irá pessoalmente às lojas instaladas em shoppings da capital paulista. A jornalista teme que a falta de experiência no varejo dificulte a contratação, além do fato de os “empregadores não verem com bons olhos alguém, cursando pós graduação, estar procurando empregos do gênero [vendedor]”.
Desempregado há cinco meses, Davi Demez tem procurado um trabalho temporário na capital paulista no setor administrativo.“Sempre trabalhei na área de escritório, como auxiliar administrativo ou office boy e estou procurando mais nessa área”, disse. Ele tem ido a agências de emprego e consultado as vagas pela internet. “Espero arrumar um emprego ainda este mês”, completou.
As dificuldades que tem encontrado, principalmente por não ter ensino superior e nem curso de inglês, fizeram Demez se conscientizar da necessidade de se qualificar profissionalmente. "No ano que vem quero estar fazendo aulas de inglês e cursando uma faculdade". Ele também acha que o trabalho temporário é uma boa oportunidade para ser efetivado em alguma função. “Acredito que o trabalho temporário é o início de tudo. Por meio desse trabalho temporário posso ser efetivado futuramente”, disse.