França: país mostra retomada mais forte, e a Itália - um dos países mais atingidos da Europa - tem “leve melhora” (Adrienne Surprenant/Bloomberg)
Ligia Tuon
Publicado em 28 de maio de 2020 às 11h56.
Última atualização em 28 de maio de 2020 às 12h24.
O corte global de empregos causado pela pandemia de coronavírus está perto de uma estabilização, se dados do LinkedIn servirem de guia.
A plataforma de networking profissional diz que a porcentagem de membros que começaram em um novo emprego se estabilizou nas últimas seis semanas, após queda em março. A França mostra retomada mais forte, e a Itália - um dos países mais atingidos da Europa - tem “leve melhora”.
É um indicador imperfeito - o LinkedIn é voltado para cargos profissionais -, mas é outro sinal de virada na batalha contra a doença. Muitos países começaram a relaxar medidas de isolamento social, permitindo que serviços não essenciais retomem as operações.
Ainda assim, o ritmo de contratação é consideravelmente mais baixo do que há um ano. Na China, o primeiro país a responder e emergir da pandemia, as contratações mostram estabilidade na comparação anual. Nos EUA, a maior economia do mundo, a taxa caiu cerca de 35%.
“Parece que estamos enfrentando a pior retração nas contratações”, disse Karin Kimbrough, economista-chefe do LinkedIn. “No entanto, é importante lembrar que, embora a contratação possa estar se estabilizando, ainda vemos milhões perderem o emprego. Levará anos antes de voltarmos ao forte mercado de trabalho global visto no início de 2020.”