Contaminação ameaça possível estádio da Copa em SP
São Paulo - O terreno de Pirituba, na zona norte de São Paulo, onde a cúpula da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) cogita construir o estádio de abertura da Copa de 2014, está interditado para obras. O motivo é uma contaminação por metais pesados no solo e no lençol freático. O local passa por processo […]
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h45.
São Paulo - O terreno de Pirituba, na zona norte de São Paulo, onde a cúpula da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) cogita construir o estádio de abertura da Copa de 2014, está interditado para obras. O motivo é uma contaminação por metais pesados no solo e no lençol freático. O local passa por processo de "recuperação ambiental". É o que informa o último relatório da Companhia de Tecnologia Ambiental (Cetesb), divulgado em novembro, com a relação das áreas contaminadas no Estado.
Qualquer escavação na área está proibida pelo governo do Estado. Ambientalistas que tiveram acesso ao relatório acreditam que a descontaminação da área levará ao menos três anos, o que poderia inviabilizar o projeto da nova arena e atrasar a construção do centro de convenções planejado pela Prefeitura.
O poder municipal confirma o problema, mas o secretário de Controle Urbano de São Paulo, Orlando Almeida, informou ser possível fazer a descontaminação do terreno em um ano. "Não havia indústrias dentro da área. O que ocorria no local era a queima de pneus velhos", argumentou. Ele não soube estimar o tamanho da área contaminada. "Podem ser 2 mil metros ou 50 mil metros. Mas tenho a absoluta certeza de que (a contaminação) não atinge 1% de toda a área", calcula.
Almeida disse ainda que o lençol freático só está contaminado, segundo a Cetesb, por causa da terra por cima. "O terreno é muito grande, dá para construir hotel, estádio, centro de convenções. E a capital precisa de uma arena para shows e eventos."
A área - que pertence à Anastácio Empreendimentos, uma das empresas da Companhia City de Desenvolvimento - tem 4,9 milhões de metros quadrados, o equivalente a três Parques do Ibirapuera, e tinha como vizinhos, até o fim dos anos 1960, sedes de indústrias metalúrgicas e galpões de fabricantes de óleos graxos.
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