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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h45.
Brasília - A conta de transações correntes do balanço de pagamentos do Brasil com o exterior apresentou um déficit de US$ 2,020 bilhões em maio. O resultado, divulgado hoje pelo Banco Central (BC), revela uma melhora em relação ao déficit de US$ 4,583 bilhões registrado em abril, o pior para o mês desde o início da série. O déficit de maio ficou dentro das estimativas dos analistas, que variavam de déficit de US$ 2,7 bilhões a déficit de US$ 1,6 bilhão.
A melhora das contas em maio foi puxada pelo aumento do superávit da balança comercial, que subiu de US$ 1,284 bilhões em abril para US$ 3,44 bilhões em maio. No acumulado do ano, o déficit em transações correntes subiu para US$ 18,748 bilhões, o equivalente a 2,35% do Produto Interno Bruto (PIB).
No mesmo período do ano passado, o déficit acumulado era de US$ 6,602 bilhões. Nos 12 meses encerrados em maio, o déficit subiu para US$ 36,448 bilhões ou 1,94 % do PIB. O resultado de maio ficou abaixo da projeção de US$ 2,7 bilhões de déficit nas transações correntes estimada inicialmente para o mês pelo chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes.
A piora das contas externas do Brasil, que já chama atenção dos analistas econômicos, tem sido puxada pelo aumento das despesas com o pagamento de serviços e pela redução do saldo comercial.
IED
O Investimento Estrangeiro Direto (IED) no País somou US$ 3,534 bilhões em maio, informou o BC. O resultado mostra uma recuperação em relação ao fluxo de IED verificado em abril, de US$ 2,223 bilhões. Naquele mês, o resultado do IED, que corresponde aos recursos direcionados para o setor produtivo da economia, havia sido influenciado pelas turbulências no mercado provocadas pela crise nos países da zona do euro (que reúne os 16 países que adotam o euro como moeda).
O IED em maio superou o teto das estimativas dos economistas, que variavam de US$ 1,4 bilhão a US$ 2 bilhões, com mediana de US$ 1,6 bilhão. O resultado do IED ficou bem acima do estimado pelo BC. Em abril, o chefe do Departamento Econômico da instituição, Altamir Lopes, havia projetado um IED de US$ 1,6 bilhão.
No acumulado do ano, até maio, o IED soma US$ 11,414 bilhões, o equivalente a 1,43% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil. O valor é ligeiramente superior ao registrado no mesmo período do ano passado, quando ingressaram US$ 11,234 bilhões no País. Nos 12 meses encerrados em maio, o fluxo subiu para US$ 26,128 bilhões, o equivalente a 1,39% do PIB. O fluxo de IED em maio foi suficiente para cobrir o déficit em transações correntes de US$ 2,020 bilhões.
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