Energia: a classe comercial seguiu em trajetória de queda e apresentou um recuo de 1% na comparação mensal (Marcos Santos/USP Imagens/Reprodução)
Estadão Conteúdo
Publicado em 31 de outubro de 2016 às 15h43.
São Paulo - O consumo nacional de energia elétrica somou 38.259 gigawatts-hora (GWh) em setembro deste ano, o que corresponde a um crescimento de 1,4% em relação ao montante consumido em igual mês de 2015, informou nesta segunda-feira, 31, a Empresa de Pesquisa Energética (EPE).
As residências registraram um aumento no consumo de eletricidade de 4,6% no mês passado, na sétima alta mensal consecutiva.
Já a classe comercial seguiu em trajetória de queda e apresentou um recuo de 1% na comparação mensal.
De acordo com a EPE, a queda reflete o cenário econômico ainda desfavorável de diminuição na renda real, aumento do desemprego e de condições de crédito adversas.
"Apesar de os indicadores setoriais mostrarem que as famílias e as empresas estão menos pessimistas com a atual conjuntura econômica, não se observa ainda na demanda por bens e serviços o reflexo dessa expectativa positiva", declarou a EPE em sua resenha mensal, destacando que as vendas no comércio varejista recuaram 5%, acumulando 6,7% no período de 12 meses.
As indústrias, por sua vez, apresentaram consumo próximo da estabilidade em setembro quando comparado ao mesmo mês do ano passado (-0,1%).
A EPE destacou que o desempenho é reflexo do aumento da demanda por eletricidade em alguns segmentos intensivos no consumo de energia, como metalúrgico, papel e celulose, têxtil, químico, alimentício e automotivo.
A EPE também destacou que houve considerável influência do ciclo de faturamento sobre o resultado do consumo de setembro.
Expurgado esse efeito, o crescimento seria mais brando no segmento residencial, de cerca de 2,5%, enquanto a retração seria mais acentuada na classe comercial, de quase 3%.
3º Trimestre
No terceiro trimestre do ano, o País registrou uma ligeira alta do consumo de energia elétrica, de 0,6%, o segundo trimestre consecutivo com crescimento de demanda.
A exemplo do verificado em setembro, o movimento foi puxado pelo segmento residencial, que anotou um avanço de 3%.
Já indústria apresentou leve queda de 0,4%, a menor em 12 meses, e o comércio teve uma queda de 2,1%.