Consumidor de baixa renda está com dificuldade de pagar compra em supermercado
Levantamento da TeleCheque mostra crescimento de 78% no volume de cheques devolvidos no segmento de alimentação
Da Redação
Publicado em 15 de setembro de 2011 às 14h42.
São Paulo – Mais um sinal de alerta para a economia brasileira. O consumidor de baixa renda está com dificuldades de pagar suas despesas com alimentação.
Nos meses de julho e agosto, houve um crescimento de 78% no número de cheques sem fundos que foram emitidos para pagar alimentos comprados em supermercados. A comparação foi feita com o mesmo período do ano passado.
O levantamento da TeleCheque, empresa especializada em análise de crédito em pagamentos com cheque, está sendo publicado em primeira mão por EXAME.com.
“Quando o consumidor tem dificuldade para honrar o cheque das compras mensais com alimentação, é sinal de que a economia pode estar em situação pior do que aparenta”, diz o presidente da TeleCheque, José Antônio Praxedes.
O executivo salienta que despesa com alimentação é item de primeira necessidade, que se repete todos os meses. “Se a pessoa deixou de cobrir o cheque do supermercado, assumindo o risco de perder o crédito – e, portanto, comprometendo a alimentação do próximo mês –, é porque sua situação financeira já está muito comprometida.”
Há um ano, 10,1% dos cheques devolvidos eram destinados a despesas com alimentação. Agora, já são 18%, o que representa um crescimento de 78% na participação deste segmento no total de calotes. Em resumo: está crescendo a inadimplência em compras de primeira necessidade que, em momentos de expansão econômica, não seriam nem parceladas.
Os principais motivos para essa piora são a alta de preços dos alimentos e o elevado comprometimento do orçamento familiar com financiamentos e empréstimos estimulados pelo crédito farto e barato. Do total de cheques não honrados, 35% têm valor entre 50 e 200 reais, faixa típica das despesas com alimentação.
Segundo a TeleCheque, outros itens pagos com cheques sem fundos foram vestuário (16%), acessórios automotivos (13%) e calçados (9%).
A pesquisa mostra que o principal motivo da inadimplência é o descontrole financeiro. Essa alegação foi dada por 39% das pessoas, o que representa um aumento de 14,3% na comparação com o mesmo período de 2010, quando o descontrole representava 34,2% das respostas.
Outro fator que explica o crescimento dos calotes é o empréstimo do nome a terceiros, com 14% das respostas. “A volta do hábito de financiar compras para terceiros demonstra que estamos tendo um aumento nas pessoas que vêm perdendo seu acesso ao mercado de crédito”, avalia Praxedes.
São Paulo – Mais um sinal de alerta para a economia brasileira. O consumidor de baixa renda está com dificuldades de pagar suas despesas com alimentação.
Nos meses de julho e agosto, houve um crescimento de 78% no número de cheques sem fundos que foram emitidos para pagar alimentos comprados em supermercados. A comparação foi feita com o mesmo período do ano passado.
O levantamento da TeleCheque, empresa especializada em análise de crédito em pagamentos com cheque, está sendo publicado em primeira mão por EXAME.com.
“Quando o consumidor tem dificuldade para honrar o cheque das compras mensais com alimentação, é sinal de que a economia pode estar em situação pior do que aparenta”, diz o presidente da TeleCheque, José Antônio Praxedes.
O executivo salienta que despesa com alimentação é item de primeira necessidade, que se repete todos os meses. “Se a pessoa deixou de cobrir o cheque do supermercado, assumindo o risco de perder o crédito – e, portanto, comprometendo a alimentação do próximo mês –, é porque sua situação financeira já está muito comprometida.”
Há um ano, 10,1% dos cheques devolvidos eram destinados a despesas com alimentação. Agora, já são 18%, o que representa um crescimento de 78% na participação deste segmento no total de calotes. Em resumo: está crescendo a inadimplência em compras de primeira necessidade que, em momentos de expansão econômica, não seriam nem parceladas.
Os principais motivos para essa piora são a alta de preços dos alimentos e o elevado comprometimento do orçamento familiar com financiamentos e empréstimos estimulados pelo crédito farto e barato. Do total de cheques não honrados, 35% têm valor entre 50 e 200 reais, faixa típica das despesas com alimentação.
Segundo a TeleCheque, outros itens pagos com cheques sem fundos foram vestuário (16%), acessórios automotivos (13%) e calçados (9%).
A pesquisa mostra que o principal motivo da inadimplência é o descontrole financeiro. Essa alegação foi dada por 39% das pessoas, o que representa um aumento de 14,3% na comparação com o mesmo período de 2010, quando o descontrole representava 34,2% das respostas.
Outro fator que explica o crescimento dos calotes é o empréstimo do nome a terceiros, com 14% das respostas. “A volta do hábito de financiar compras para terceiros demonstra que estamos tendo um aumento nas pessoas que vêm perdendo seu acesso ao mercado de crédito”, avalia Praxedes.