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Consultas ao BNDES sugerem recuperação do investimento

Presidente estimou que a liberação de recursos para bens de capital poderá chegar a R$ 6 bilhões por mês nos últimos três meses de 2012

Luciano Coutinho, presidente do BNDES: "Temos de batalhar para que o crescimento dos investimentos na formação de capital em 2013 supere 8% (ante 2012)" (Paulo Whitaker/REUTERS)
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Da Redação

Publicado em 29 de outubro de 2012 às 13h04.

Rio de Janeiro - As consultas ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social ( BNDES ) no terceiro trimestre sugerem recuperação dos investimentos no quarto trimestre. O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, estimou nesta segunda-feira que a liberação de recursos para bens de capital poderá chegar a R$ 6 bilhões por mês nos últimos três meses de 2012.

"Temos de batalhar para que o crescimento dos investimentos na formação de capital em 2013 supere 8% (ante 2012). Precisamos fazer com que o crescimento da formação de capital volte a ser muito mais firme do que o próprio crescimento do produto (interno bruto, PIB)", disse Coutinho a jornalistas após participar de seminário promovido pelo banco em sua sede, no Rio de Janeiro.

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Coutinho estimou forte elevação de empréstimos pela Finame, linha de crédito automática para bens de capital. "No primeiro semestre, operamos um valor entre R$ 3,5 bilhões e R$ 3,7 bilhões por mês (no Sistema Finame), em média. Agora, vamos operar a R$ 6 bilhões ao mês ou mais, de outubro a dezembro. É um dos fatores que vão ajudar a acelerar o desempenho no último trimestre", disse.

Segundo o BNDES, levando em conta que a Finame também financia capital de giro associado a bens de capital, cerca de R$ 4 bilhões deverão ser destinados exclusivamente à compra de máquinas e equipamentos e afins.

De acordo com Coutinho, a retomada na liberação de crédito para investimentos em bens de capital se deve tanto à redução de taxas por parte do BNDES (em algumas linhas do Programa de Sustentação do Investimento (PSI) os juros nominais estão em 2,5% até o fim do ano, ou seja, negativos em termos reais) quanto a uma recuperação da confiança do empresariado, sustentada pela percepção "consensual" de que a economia crescerá em torno de 4% em 2013. "Essa percepção de retomada do crescimento também tem um condão de fazer retomar as consultas de investimento", completou Coutinho.

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