Economia

Construção civil lidera criação de vagas em abril

Cálculo da LCA Consultores mostra que a taxa de desemprego dessazonalizada foi a menor da série histórica

Construção civil vive boom econômico (.)

Construção civil vive boom econômico (.)

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Da Redação

Publicado em 28 de maio de 2010 às 15h10.

São Paulo - A construção civil puxou a criação de vagas em abril com uma alta de 10,5% na comparação com o mesmo período de 2009. Ao contrário da indústria de transformação, que ainda está recuperando os postos perdidos na crise, o setor imobiliário vive um boom econômico. "É ampliação pura de estoque de trabalhadores", diz Fábio Romão, economista da LCA Consultores.

O IBGE divulgou nesta quinta-feira (27) que a taxa de desemprego passou de 7,6% em março para 7,3% em abril, a menor para esse mês desde o início da série em 2002. Em abril de 2009, ainda sob impacto da crise, o índice era de 8,9%.

Cálculo da LCA mostra que, com ajuste sazonal, essa taxa cai para 6,7% e se torna a menor na comparação com todos os meses. "É interessante notar que, das quatro menores taxas de desemprego da série histórica do IBGE, três estão neste ano e uma em 2008, antes da crise", salienta Romão.

O economista destaca que a População Economicamente Ativa (PEA) tem crescido num ritmo inferior ao projetado pelos analistas. Imaginava-se que a expansão da economia brasileira incentivasse ainda mais pessoas a procurar emprego.

Para o ano, a LCA tinha a previsão de uma taxa média de desemprego de 7,5%. Com esse resultado muito positivo em abril, a consultoria vai revisar a estimativa, que deve ficar entre 7% e 7,5%. Qualquer que seja o resultado dentro dessa faixa, será o menor da série histórica do IBGE iniciada em 2002. O melhor ano, até então, foi em 2008, que teve desemprego médio de 7,9%.

Outro dado auspicioso divulgado pelo IBGE foi a alta de 2,3% do rendimento médio real habitual dos trabalhadores, que passou de R$ 1.392,65 em abril de 2009 para R$ 1.424,10 em abril deste ano. "O crescimento em 2010 deverá ser de 2%, inferior ao do ano passado, que foi de 3,2%", projeta Romão.  

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