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Construção ajuda e IGP-DI de julho é o menor do ano

São Paulo/Rio de Janeiro - A inflação pelo Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) desacelerou mais que o esperado em julho, para a menor taxa do ano, principalmente pelo arrefecimento da pressão nos custos ligados a construção. O indicador subiu 0,22 por cento em julho, ante alta de 0,34 por cento em junho. Segundo a […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 04h11.

São Paulo/Rio de Janeiro - A inflação pelo Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) desacelerou mais que o esperado em julho, para a menor taxa do ano, principalmente pelo arrefecimento da pressão nos custos ligados a construção.

O indicador subiu 0,22 por cento em julho, ante alta de 0,34 por cento em junho. Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), que divulgou o dado nesta quinta-feira, a inflação mudou de patamar na virada do primeiro para o segundo semestres.

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"É um novo patamar, mas ainda não é o ponto de equilíbrio da inflação no segundo semestre. Não haverá uma volta para 1 por cento (como no primeiro semestre), mas também 0,2 por cento é uma taxa baixa e não pode ser vista como novo referencial", afirmou Salomão Quadros, economista da FGV.

Analistas ouvidos pela Reuters previam 0,33 por cento, de acordo com a mediana de 16 respostas que variavam de 0,17 a 0,55 por cento.

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) subiu 0,34 por cento em julho, após alta de 0,43 por cento em junho.

O IPA agrícola declinou 0,10 por cento nesta leitura, contra alta anterior de 0,46 por cento. O IPA industrial avançou 0,48 por cento em julho e 0,42 por cento em junho.

O minério de ferro, refletindo um reajuste recente, já começou a impactar o índice, sendo a principal alta individual de preços no atacado em julho, de 7,6 por cento ante 5,77 por cento em junho. As maiores quedas foram leite in natura, milho em grão, tomate, batata-inglesa e cana de açúcar.

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) caiu 0,21 por cento em julho, mesma queda da leitura anterior. Mas o núcleo do IPC recuou de 0,37 para 0,28 por cento, menor variação desde novembro de 2009, segundo a FGV.

Os custos de Alimentação diminuíram o recuo para 1,19 por cento agora, contra 1,32 por cento antes, enquanto os de Vestuário passaram a cair em julho, em 0,70 por cento, após alta de 0,71 por cento em junho.

Transportes passaram de queda no mês anterior para alta de 0,15 por cento agora, enquanto Educação fez o movimento contrário e declinou 0,10 por cento em julho.


Construção ajuda

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) avançou 0,44 por cento em julho, frente à alta de 1,09 por cento vista no mês anterior. O arrefecimento veio do componente Mão de Obra, com alta de 0,46 por cento agora ante 1,30 por cento em junho, quando havia sido pressionado por dissídios salariais.

"O impacto de baixa foi mais de seis vezes maior que o recuo do IPA", destacou Quadros. "Em abril, maio e junho houve vários reajustes nas capitais e agora houve um alívio. Vários equipamentos, materiais e serviços na construção também baixaram, mas ainda é cedo para falar em um início do processo de desaceleração do setor."

No ano, o IGP-DI acumula alta de 5,71 por cento e nos últimos 12 meses, de 5,98 por cento.

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