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Conselho Federal de Economia volta a defender juros baixos

Segundo o Cofecon, a queda, em março, da inflação da inflação medida pelo IPCA, justifica uma redução da taxa básica

Banco Central: “Esse resultado ratifica que as causas da forte elevação do IPCA em 2015, quando alcançou 10,67%, não mais estão presentes” (REUTERS/Ueslei Marcelino)
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Da Redação

Publicado em 8 de abril de 2016 às 17h10.

O Conselho Federal de Economia (Cofecon) defendeu hoje (8) a redução da Selic , a taxa básica de juros da economia. Atualmente, em 14,25% ao ano, a Selic foi mantida pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central nas últimas cinco reuniões.

Segundo o Cofecon, a queda, em março, da inflação da inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE), justifica uma redução da taxa básica.

O IBGE informou nesta sexta-feira que a inflação ficou em 0,43% em março, após registrar 1,27% em janeiro e 0,9% em fevereiro. O índice também foi o melhor para meses de março desde 2012.

“Esse resultado ratifica que as causas da forte elevação do IPCA em 2015, quando alcançou 10,67%, não mais estão presentes”, alegou o Cofecon em nota.

De acordo com o comunicado, os efeitos do reajuste de preços administrados, como os da gasolina e da energia, bem como o repasse de preços causado pela alta do dólar, já acabaram.

“Ademais, o impacto da queda da massa salarial, da desaceleração do crédito e da atividade econômica concorrem para a contenção na variação dos chamados 'preços livres'”, acrescentou a nota do Cofecon.

Para a entidade, o país não enfrenta um problema de inflação de demanda e, por isso, não haveria justificativa para manter a Selic no patamar atual.

O Cofecon lembrou a retração de 3,8% do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos em um país) em 2015 e afirmou que a política monetária contribuiu para a queda da atividade econômica.

“[Isso] pode, inclusive, se repetir em magnitude similar em 2016, com reflexos adversos sobre a geração de emprego e renda da família”, diz a entidade.

Projeções

O comunicado do conselho destaca que as projeções de mercado apontam uma taxa de inflação de 6,48% em 12 meses para este ano. Para os economistas do Cofecon, a recente queda da taxa de câmbio contribuirá para um índice mais baixo de inflação.

O Cofecon ressalta que a queda na atividade econômica está afetando a arrecadação tributária, contribuindo para o déficit nas contas públicas e para a aceleração do crescimento da dívida pública.

Segundo a entidade, a situação ameaça também o atendimento das demandas sociais.

“O Copom tem a oportunidade de, reconhecendo que o ambiente recessivo inibe novos aumentos de preços e as causas da inflação de 2015 estão se dissipando (...), promover a imediata redução da Selic, que teria efeito positivo sobre as expectativas dos agentes econômicos e contribuiria para reverter o grave quadro econômico atual”, acrescenta a nota.

De acordo com a Cofecon, a retomada do crescimento e superação da crise fiscal dependem da redução da taxa básica de juros.

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O Conselho Federal de Economia (Cofecon) defendeu hoje (8) a redução da Selic , a taxa básica de juros da economia. Atualmente, em 14,25% ao ano, a Selic foi mantida pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central nas últimas cinco reuniões.

Segundo o Cofecon, a queda, em março, da inflação da inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE), justifica uma redução da taxa básica.

O IBGE informou nesta sexta-feira que a inflação ficou em 0,43% em março, após registrar 1,27% em janeiro e 0,9% em fevereiro. O índice também foi o melhor para meses de março desde 2012.

“Esse resultado ratifica que as causas da forte elevação do IPCA em 2015, quando alcançou 10,67%, não mais estão presentes”, alegou o Cofecon em nota.

De acordo com o comunicado, os efeitos do reajuste de preços administrados, como os da gasolina e da energia, bem como o repasse de preços causado pela alta do dólar, já acabaram.

“Ademais, o impacto da queda da massa salarial, da desaceleração do crédito e da atividade econômica concorrem para a contenção na variação dos chamados 'preços livres'”, acrescentou a nota do Cofecon.

Para a entidade, o país não enfrenta um problema de inflação de demanda e, por isso, não haveria justificativa para manter a Selic no patamar atual.

O Cofecon lembrou a retração de 3,8% do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos em um país) em 2015 e afirmou que a política monetária contribuiu para a queda da atividade econômica.

“[Isso] pode, inclusive, se repetir em magnitude similar em 2016, com reflexos adversos sobre a geração de emprego e renda da família”, diz a entidade.

Projeções

O comunicado do conselho destaca que as projeções de mercado apontam uma taxa de inflação de 6,48% em 12 meses para este ano. Para os economistas do Cofecon, a recente queda da taxa de câmbio contribuirá para um índice mais baixo de inflação.

O Cofecon ressalta que a queda na atividade econômica está afetando a arrecadação tributária, contribuindo para o déficit nas contas públicas e para a aceleração do crescimento da dívida pública.

Segundo a entidade, a situação ameaça também o atendimento das demandas sociais.

“O Copom tem a oportunidade de, reconhecendo que o ambiente recessivo inibe novos aumentos de preços e as causas da inflação de 2015 estão se dissipando (...), promover a imediata redução da Selic, que teria efeito positivo sobre as expectativas dos agentes econômicos e contribuiria para reverter o grave quadro econômico atual”, acrescenta a nota.

De acordo com a Cofecon, a retomada do crescimento e superação da crise fiscal dependem da redução da taxa básica de juros.

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