Economia

Confiança do empresário em junho é a menor desde 2009

Pelo terceiro mês seguido, o Índice de Confiança do Empresário Industrial ficou abaixo da linha divisória de 50 pontos


	Construção: perda de confiança foi disseminada entre indústria de construção e de transformação
 (Dado Galdieri/Bloomberg)

Construção: perda de confiança foi disseminada entre indústria de construção e de transformação (Dado Galdieri/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 16 de junho de 2014 às 15h59.

Brasília - O Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) voltou a cair em junho e chegou a seu menor nível desde janeiro de 2009, de acordo com dados divulgados nesta segunda-feira, 16 pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Pelo terceiro mês seguido, o índice ficou abaixo da linha divisória de 50 pontos, indicando desconfiança dos executivos consultados.

O resultado de 47,5 pontos em junho igualou o obtido no primeiro mês de 2009 e só não é pior que o registrado em janeiro de 1999, que permanece o mais baixo da série histórica do indicador.

O Icei de junho apresentou um recuo de 0,5 ponto em relação ao apurado em maio desde ano e já acumula de uma retração de 7,3 pontos na comparação com junho do ano passado.

Durante todo o segundo trimestre de 2014, o índice esteve abaixo dos 50 pontos.

A perda de confiança foi disseminada entre a indústria de construção - queda de 1,4 ponto em junho, para 48,5 pontos - e a indústria de transformação - queda de 0,4 ponto, para 46,7 pontos.

Já a indústria extrativa mostrou um melhor otimismo por parte dos empresários, com aumento de 1,8 ponto em junho, para 50,6 pontos.

Considerando o porte das empresas consultadas, a médias companhias industriais são as mais pessimistas, com indicador em 46,8 pontos em junho, seguidas pelas pequenas (47,2 pontos) e grandes (48,1 pontos).

Já em termos regionais, a falta de confiança é maior na Região Sudeste, com (43,5 pontos), seguida pelo Sul (45,4 pontos) e pelo Centro-Oeste (48,8 pontos).

Já nas regiões Norte e Nordeste, o empresariado industrial permanece confiante, com índices na linha divisória ou acima dela: 50 pontos e 52,9 pontos, respectivamente.

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