Economia

Confiança do consumidor cai pelo 6º mês seguido

Segundo a CNI, medo do aumento da inflação é a proncipal razão para a queda da confiança

A confiança do consumidor caiu 7,2% desde outubro de 2010 (Lia Lubambo/ EXAME)

A confiança do consumidor caiu 7,2% desde outubro de 2010 (Lia Lubambo/ EXAME)

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Da Redação

Publicado em 29 de abril de 2011 às 12h54.

Brasília - Pelo sexto mês consecutivo, a confiança do consumidor em relação à situação econômica deteriorou. A elevação nos índices de inflação é o que mais preocupa, segundo o Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (Inec) do mês de abril, divulgado hoje pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O indicador ficou em 112 pontos, ante 112,6 pontos em março e 114,5 pontos em abril de 2010. Segundo a CNI, foi o maior recuo em relação ao mesmo mês do ano anterior, desde abril de 2010. O índice acumula uma queda de 7,2% desde outubro do ano passado. O resultado é uma ponderação média das variáveis que compõem o Inec e, quanto menor a pontuação, menor o otimismo.

O gerente executivo de Pesquisa, Avaliação e Desenvolvimento da CNI, Renato da Fonseca, acredita que há uma tendência de piora em todas as variáveis do Inec. "A economia está perdendo ritmo de crescimento e, por isso, o consumidor fica menos confiante", afirmou. "O crédito diminuiu, os produtos estão mais caros na prateleira e está mais difícil conseguir emprego por causa do ritmo mais lento de crescimento da economia", enumera Fonseca.

Para 70% dos entrevistados, a inflação continuará em alta. Este foi o componente do Inec que mostrou a pior evolução no mês. O índice recuou 9,4% em relação a março e 11,6% na comparação com abril de 2010. "É uma queda muito grande", avaliou Fonseca. Segundo ele, abril registrou o menor índice em relação à expectativa de inflação desde setembro de 2001.

O índice de expectativa de evolução da própria renda mostrou recuo de 4,1% entre março e abril. O endividamento também aumentou. O índice caiu 3,3% na comparação com março. O índice de expectativa de desemprego reduziu 2,6% na mesma base de comparação. O Inec, no entanto, indica melhora na situação financeira do consumidor e expectativa mais otimista quanto às compras de bens de maior valor.

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