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Confiança do consumidor cai em junho, aponta CNI

Segundo a confederação, este é o pior cenário desde junho de 2009

Compras: consumidores continuam preocupados com a inflação, segundo a CNI (Pablo Porciuncula/AFP)
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Da Redação

Publicado em 30 de junho de 2011 às 13h31.

Brasília - Pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgada hoje indica que o Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (Inec) caiu de 112,1 pontos em maio para 111,8 pontos em junho. Segundo a CNI, é o pior cenário desde junho de 2009, quando o Inec havia chegado a 110 pontos, mas recuperando-se logo depois. Em junho do ano passado, o Inec estava em 114,7 pontos.

A pesquisa do Inec foi realizada pelo Ibope entre 16 e 20 de junho, com 2.002 pessoas em todo o País. Pela metodologia da pesquisa, a base do índice é 100, sendo que números mais próximos da base representam maior preocupação. A CNI ressalta que nesta mais recente edição da pesquisa foi possível apurar que os consumidores continuam bastante preocupados com a inflação.

Apesar de o Inec de junho ter ficado abaixo do valor registrado em maio, a CNI avalia que o comportamento recente do indicador representa uma "estabilidade". Nessa análise, a confederação destaca que o Inec de abril havia ficado em 112,0 pontos. Ou seja, nos últimos três meses, o índice tem permanecido em um patamar semelhante e sugere que a trajetória de queda mais acentuada pode ter chegado ao fim, destaca a CNI.

Em nota, o economista da CNI Marcelo Azevedo avalia que a queda no Inec observada desde outubro de 2010 (quando chegou a 120,7 pontos) apenas reflete um crescimento intenso do índice após a crise global de 2009, ou seja, uma base de comparação bastante alta do período pós-crise. "Soma-se a isso o atual cenário econômico, que não é favorável ao consumo, com inflação e taxa de juros em alta e contenção do crédito", explica Azevedo.

O Inec é composto por seis indicadores. O índice referente a expectativas do consumidor em relação à inflação, que marcava 100,1 pontos em maio, subiu para 100,4 pontos em junho. O indicador relativo ao endividamento também aumentou de 104,9 pontos em maio para 105,6 pontos em junho. Os demais quatro índices caíram: expectativa de desemprego (132,1 pontos em maio para 130,6 pontos em junho); expectativa de renda pessoal (112,5 pontos em maio para 112,1 pontos em junho); situação financeira (112,8 pontos em maio para 111,7 pontos em junho); e compras de bens de maior valor (112,2 pontos em maio para 111,9 pontos em junho).

A CNI afirma que o índice de otimismo em relação à evolução do emprego foi o que apresentou maior redução no período, com queda de 1,2% em junho na comparação com maio. Ainda assim, está 9,5% acima da média histórica para o mês. A confederação ressalta que em relação às perspectivas sobre inflação, mesmo com um crescimento de 0,4% ante maio, o indicador está 14,4% abaixo do registrado em junho de 2010 e 13,8% abaixo da média histórica para o mês. Mas o estudo mostra que os consumidores continuam receosos com a trajetória de alta da inflação. Para 55% dos entrevistados, a inflação vai aumentar; e para 14%, a inflação aumentará muito.

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Brasília - Pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgada hoje indica que o Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (Inec) caiu de 112,1 pontos em maio para 111,8 pontos em junho. Segundo a CNI, é o pior cenário desde junho de 2009, quando o Inec havia chegado a 110 pontos, mas recuperando-se logo depois. Em junho do ano passado, o Inec estava em 114,7 pontos.

A pesquisa do Inec foi realizada pelo Ibope entre 16 e 20 de junho, com 2.002 pessoas em todo o País. Pela metodologia da pesquisa, a base do índice é 100, sendo que números mais próximos da base representam maior preocupação. A CNI ressalta que nesta mais recente edição da pesquisa foi possível apurar que os consumidores continuam bastante preocupados com a inflação.

Apesar de o Inec de junho ter ficado abaixo do valor registrado em maio, a CNI avalia que o comportamento recente do indicador representa uma "estabilidade". Nessa análise, a confederação destaca que o Inec de abril havia ficado em 112,0 pontos. Ou seja, nos últimos três meses, o índice tem permanecido em um patamar semelhante e sugere que a trajetória de queda mais acentuada pode ter chegado ao fim, destaca a CNI.

Em nota, o economista da CNI Marcelo Azevedo avalia que a queda no Inec observada desde outubro de 2010 (quando chegou a 120,7 pontos) apenas reflete um crescimento intenso do índice após a crise global de 2009, ou seja, uma base de comparação bastante alta do período pós-crise. "Soma-se a isso o atual cenário econômico, que não é favorável ao consumo, com inflação e taxa de juros em alta e contenção do crédito", explica Azevedo.

O Inec é composto por seis indicadores. O índice referente a expectativas do consumidor em relação à inflação, que marcava 100,1 pontos em maio, subiu para 100,4 pontos em junho. O indicador relativo ao endividamento também aumentou de 104,9 pontos em maio para 105,6 pontos em junho. Os demais quatro índices caíram: expectativa de desemprego (132,1 pontos em maio para 130,6 pontos em junho); expectativa de renda pessoal (112,5 pontos em maio para 112,1 pontos em junho); situação financeira (112,8 pontos em maio para 111,7 pontos em junho); e compras de bens de maior valor (112,2 pontos em maio para 111,9 pontos em junho).

A CNI afirma que o índice de otimismo em relação à evolução do emprego foi o que apresentou maior redução no período, com queda de 1,2% em junho na comparação com maio. Ainda assim, está 9,5% acima da média histórica para o mês. A confederação ressalta que em relação às perspectivas sobre inflação, mesmo com um crescimento de 0,4% ante maio, o indicador está 14,4% abaixo do registrado em junho de 2010 e 13,8% abaixo da média histórica para o mês. Mas o estudo mostra que os consumidores continuam receosos com a trajetória de alta da inflação. Para 55% dos entrevistados, a inflação vai aumentar; e para 14%, a inflação aumentará muito.

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