Economia

Confiança do comércio recua 1,7% e atinge mínima histórica

Com o resultado, o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) atingiu 85,0 pontos, o menor nível da série, iniciada em março de 2011


	Crise no comércio: o Índice de Confiança do Empresário do Comércio atingiu 85,0 pontos, o menor nível desde 2011
 (Arquivo/Agência Brasil)

Crise no comércio: o Índice de Confiança do Empresário do Comércio atingiu 85,0 pontos, o menor nível desde 2011 (Arquivo/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 3 de agosto de 2015 às 12h06.

Rio - O aumento da confiança dos empresários do comércio em junho não se sustentou, e o indicador recuou 1,7% em julho ante o mês anterior, informou nesta segunda-feira, 03, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

Com o resultado, o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) atingiu 85,0 pontos, o menor nível da série, iniciada em março de 2011. Na comparação com julho do ano passado, o indicador cedeu 21,6%.

O resultado negativo na comparação mensal foi influenciado principalmente pelo recuo de 1,6% na intenção de investimentos dos empresários e pela queda de 5,0% no subíndice que mede a percepção sobre as condições econômicas atuais.

Esse resultado, segundo a CNC, "revela um elevado grau de insatisfação dos empresários do comércio, especialmente na Região Sudeste".

Segundo a CNC, 92,8% dos cerca de seis mil empresários consultados pela pesquisa em todas as capitais do país apontam que houve piora no cenário econômico nos últimos 12 meses.

O índice que mede a expectativa dos empresários do comércio retornou à tendência de deterioração após dois meses de crescimento, com queda de 0,6% em julho ante junho e recuo de 8,5% em relação a julho do ano passado.

O grau de otimismo dos empresários é o único dos três índices pesquisados que se mantém na zona positiva, acima de 100 pontos, mas segue em tendência de piora.

A CNC manteve a previsão anterior para o setor, de queda de 1,1% no volume de vendas do varejo restrito.

"Para alguns segmentos, porém, especialmente aqueles voltados para a venda de bens de consumo não duráveis, a expectativa para a segunda metade do ano tem se mostrado mais favorável diante da perspectiva de arrefecimento da inflação", diz a CNC em nota.

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