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Confiança do empresário industrial tem primeira alta no ano, diz CNI
A alta de 4,8 pontos neste mês reverte parcialmente as quedas consecutivas dos últimos quatro meses, mostra o índice da Confederação Nacional da Indústria
Fabiane Stefano
Publicado em 12 de maio de 2021 às 10h01.
Última atualização em 12 de maio de 2021 às 10h17.
Depois de quatro quedas consecutivas, o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) subiu 4,8 pontos em maio e atingiu 58,5 pontos, informou a Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta quarta-feira, 12. Entre janeiro e abril, a queda havia sido de 9,4 pontos.
Segundo o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo, há uma percepção do empresário de que o pior possa ter ficado para trás. "O empresário vinha percebendo piora nas condições de seus negócios e neste mês de maio percebe estabilidade", afirma. Segundo ele, o otimismo para os próximos seis meses aumentou com o resultado.
Na escala que mede a confiança do empresário industrial, que varia entre 0 e 100 pontos, a linha de corte entre a confiança e a falta de confiança é a dos 50 pontos. Azevedo ressalta que a confiança do empresário voltou a se afastar da linha divisória.
"A alta reverte a maior parte da queda acumulada desde o início do ano. Em momento nenhum o empresário deixou de ter confiança, mas agora ela está mais forte e disseminada", afirma.
O indicador esteve abaixo do patamar durante os primeiros meses da pandemia no ano passado. Em maio, o índice era de 39,5 pontos.
O ICEI é composto por uma avaliação dos empresários do setor industrial sobre as condições atuais da economia brasileira e de suas empresas e por uma sondagem das expectativas em relação ao futuro.
Neste mês, o Índice de Expectativas, que compõe o ICEI, cresceu 4,5 pontos e ficou em 62,6 pontos, o que indica otimismo em relação aos próximos seis meses.
Já o componente que mede a percepção das condições atuais, crecu 5,3 pontos em maio e ultrapassou a linha de corte, chegando em 50,2, o que significa, segundo a CNI, a transição de uma percepção negativa para uma percepção positiva das condições atuais das empresas e da economia brasileira.