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Confiança da indústria fecha ano com 5ª queda consecutiva, diz FGV

Índice fechou o ano no nível mais fraco em mais de um ano, com uma avaliação menos favorável sobre o momento atual e expectativas mais cautelosas para 2022

(FG Trade/Getty Images)
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Reuters

Publicado em 27 de dezembro de 2021 às 09h44.

Última atualização em 27 de dezembro de 2021 às 10h09.

O índice que mede a confiança da indústria no Brasil teve sua quinta queda consecutiva em dezembro, fechando o ano no nível mais fraco em mais de um ano, com uma avaliação menos favorável sobre o momento atual e expectativas mais cautelosas para 2022.

O Índice de Confiança da Indústria (ICI) recuou 2,0 pontos neste mês, a 100,1 pontos, seu menor nível desde agosto do ano passado (98,7), mostraram dados divulgados nesta segunda-feira pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

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"Tal resultado se explica por problemas que se estenderam ao longo do ano, como pressão nos custos, escassez de insumos e elevada incerteza", explicou a economista do FGV IBRE, Claudia Perdigão, em nota.

Ela destacou ainda que o desemprego e a inflação, responsáveis pela queda no poder de compra das famílias e, consequentemente, na demanda, têm influência tanto nas avaliações da situação presente quanto para os próximos meses.

O Índice Situação Atual (ISA), que mede o sentimento em relação à atualidade, caiu 2,7 pontos, a 101,0 pontos, mínima desde agosto de 2020 (97,8).

O Índice de Expectativas (IE), indicador da percepção sobre os próximos meses, teve queda de 1,2 ponto, para 99,1 pontos, menor patamar desde maio deste ano (99).

O Nível de Utilização da Capacidade Instalada — indicador presente sobre se a indústria está produzindo a pleno vapor ou não — cedeu 1,0 ponto percentual, para 79,7%, mesmo patamar de agosto.

"Sobre a escassez de insumos, espera-se uma normalização a partir do segundo semestre do próximo ano. Nesse contexto, o setor encerra 2021 com gargalos ainda não resolvidos, incitando recuo das expectativas", acrescentou Perdigão.

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