Berlim é única capital europeia que deprime a renda nacional
Como seria a França sem Paris? Veja o que aconteceria com as rendas per capita dos países europeus se as capitais e seus habitantes fossem tirados da conta
João Pedro Caleiro
Publicado em 11 de agosto de 2016 às 15h47.
São Paulo - "Berlim é pobre, mas sexy", disse seu ex-prefeito Klaus Wowereit em 2004.
A afirmação faz sentido, considerando que ela é a única capital dos principais países europeus que puxa para baixo a média da renda nacional.
A conclusão de um levantamento divulgado pelo Instituto para Pesquisa Econômica de Colônia que calculou o efeito sobre o PIB per capita dos países europeus quando sua capital e seus habitantes saem da conta.
Os resultados são amplamente negativos. O PIB per capita da França perde 15% sem Paris, o de Portugal perde 13,7% sem Lisboa e o da Espanha perde 6% sem Madri.
O pior resultado é da Grécia, 20% mais pobre sem Atenas. E no final da lista aparece a Alemanha, que teria um PIB per capita levemente maior (0,2%) com Berlim.
"E seria ainda mais sem as transferências fiscais entre estados e a subvenção especial do governo federal para a capital. O papel minoritário de Berlim é incomum para a Europa, mas típico para a Alemanha: é uma expressão do modelo de negócios federalista. O fato de que o famoso "Mittelstand" alemão é forte em áreas rurais é uma das características únicas da economia da Alemanha", diz o instituto.
O modelo Mittelstand não tem uma definição precisa mas costuma se referir ao conjunto de empresas pequenas e médias altamente eficientes e internacionalizadas que são consideradas o motor da economia alemã, uma das mais sólidas do continente.
Veja a seguir os números de todos os países pesquisados. Os dados são da Eurostat para o ano de 2014.
Efeito na renda per capita | |
---|---|
Grécia sem Atenas | -19,9% |
França sem Paris | -15,0% |
República Tcheca sem Praga | -14,2% |
Portugal sem Lisboa | -13,7% |
Dinamarca sem Copenhague | -13,3% |
Finlândia sem Helsinki | -12,9% |
Suécia sem Estocolmo | -11,7% |
Reino Unido sem Londres | -11,2% |
Polônia sem Varsóvia | -9,6% |
Bélgica sem Bruxelas | -8,7% |
Áustria sem Viena | -6,1% |
Espanha sem Madrid | -6,0% |
Holanda sem Amsterdã | -4,8% |
Itália sem Roma | -2,1% |
Alemanha sem Berlim | 0,2% |
São Paulo - "Berlim é pobre, mas sexy", disse seu ex-prefeito Klaus Wowereit em 2004.
A afirmação faz sentido, considerando que ela é a única capital dos principais países europeus que puxa para baixo a média da renda nacional.
A conclusão de um levantamento divulgado pelo Instituto para Pesquisa Econômica de Colônia que calculou o efeito sobre o PIB per capita dos países europeus quando sua capital e seus habitantes saem da conta.
Os resultados são amplamente negativos. O PIB per capita da França perde 15% sem Paris, o de Portugal perde 13,7% sem Lisboa e o da Espanha perde 6% sem Madri.
O pior resultado é da Grécia, 20% mais pobre sem Atenas. E no final da lista aparece a Alemanha, que teria um PIB per capita levemente maior (0,2%) com Berlim.
"E seria ainda mais sem as transferências fiscais entre estados e a subvenção especial do governo federal para a capital. O papel minoritário de Berlim é incomum para a Europa, mas típico para a Alemanha: é uma expressão do modelo de negócios federalista. O fato de que o famoso "Mittelstand" alemão é forte em áreas rurais é uma das características únicas da economia da Alemanha", diz o instituto.
O modelo Mittelstand não tem uma definição precisa mas costuma se referir ao conjunto de empresas pequenas e médias altamente eficientes e internacionalizadas que são consideradas o motor da economia alemã, uma das mais sólidas do continente.
Veja a seguir os números de todos os países pesquisados. Os dados são da Eurostat para o ano de 2014.
Efeito na renda per capita | |
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Grécia sem Atenas | -19,9% |
França sem Paris | -15,0% |
República Tcheca sem Praga | -14,2% |
Portugal sem Lisboa | -13,7% |
Dinamarca sem Copenhague | -13,3% |
Finlândia sem Helsinki | -12,9% |
Suécia sem Estocolmo | -11,7% |
Reino Unido sem Londres | -11,2% |
Polônia sem Varsóvia | -9,6% |
Bélgica sem Bruxelas | -8,7% |
Áustria sem Viena | -6,1% |
Espanha sem Madrid | -6,0% |
Holanda sem Amsterdã | -4,8% |
Itália sem Roma | -2,1% |
Alemanha sem Berlim | 0,2% |