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Como o homem mudou a cara dos vegetais que conhecemos

Vários dos vegetais que comemos hoje seriam irreconhecíveis em suas formas naturais originais

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h53.

Você sabe o que é milho? A maioria das pessoas acha que sabe. Vamos à descrição: grãos amarronzados, tão moles que podem ser mastigados crus, nascidos em espigas de cerca de 3 centímetros, menores que um dedo mindinho. Esse é o milho ou, pelo menos, a primeira coisa na história que se poderia chamar de milho, colhida por povos pré-colombianos há mais de 5 000 anos. Séculos de seleção e cruzamentos dirigidos pelo Homem deram à planta o aspecto que conhecemos. Em busca de mais produtividade e de produtos mais fáceis de vender, a humanidade alterou a maior parte dos vegetais comestíveis.

Confira outros vegetais que o Homem "fabricou" em parceria com a natureza:

  • Cenoura: a raiz original era retorcida, ramificada e fina como um dedo. Por volta de 900 d.C., já estava domesticada e modificada para o formato atual, mas a variedade mais comum era vermelha ou púrpura. A variedade cor de, aaahn, cenoura era mais rara e valorizada. Tornou-se a mais difundida no mundo há menos de 400 anos, depois que agricultores holandeses resolveram adotá-la, por ter a cor nacional, da Casa de Orange.
  • Batata: grande parte das mais de 160 variedades selvagens continha substâncias alucinógenas. Coube aos incas obter variedades maiores, mais claras e que pudessem ser comidas com o objetivo único de matar a fome.
  • Couve-flor, couve-de-Bruxelas, brócolis e repolho provêm todos da mesma planta.
  • O morango comercial, maior que o silvestre, só existe há 200 anos. O kiwi é mais novinho ainda: tem apenas 50 anos.
  • O milho primitivo, marrom e mole, já era, na verdade, descendente de uma gramínea selvagem. Os primeiros americanos viram nela um bom potencial e começaram a selecionar as que pareciam mais apetitosas. Chegaram ao milho o deles, bem entendido. Foram precisos mais alguns séculos de seleção artificial para que a planta adquirisse a aparência que conhecemos e se tornasse produtiva e comercialmente viável. Ela virou também a cultura mais difundida do mundo, ponto de partida para produção de álcool, açúcar, uísque, ração e pipoca, entre outros.
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