Economia

Comitê comemora ações do Vaticano contra lavagem de dinheiro

Especialistas comemoraram medidas para corrigir as insuficiências na luta contra a lavagem de dinheiro colocadas em prática nos últimos meses pelo Vaticano


	Sede do Instituto para as Obras Religiosas, o Banco do Vaticano: santa Sé colocou em andamento um amplo arsenal de medidas legislativas, afirma relatório
 (Gabriel Bouys/AFP)

Sede do Instituto para as Obras Religiosas, o Banco do Vaticano: santa Sé colocou em andamento um amplo arsenal de medidas legislativas, afirma relatório (Gabriel Bouys/AFP)

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Da Redação

Publicado em 12 de dezembro de 2013 às 12h35.

Estrasburgo - Um comitê de especialistas do Conselho da Europa comemorou as medidas para corrigir as insuficiências na luta contra a lavagem de dinheiro colocadas em prática nos últimos meses pelo Vaticano, em um relatório publicado nesta quinta-feira.

O Moneyval, um comitê de especialistas na avaliação de medidas para a luta contra a lavagem de dinheiro e o financiamento do terrorismo da organização pan-europeia chegou a esta conclusão depois que um relatório de 2012 revelou uma série de insuficiências.

"A Santa Sé colocou em andamento rapidamente um amplo arsenal de medidas legislativas, entre outras, para corrigir as insuficiências identificadas" em 2012, embora nem tudo tenha sido solucionado, de acordo com o relatório.

Os processos de controle, desenvolvidos sob a supervisão de uma Autoridade de Inteligência Financeira (ARF), "levaram ao fechamento de algumas contas e à descrição de um número significativo de transações suspeitas em 2013", afirmam os autores do relatório.

Os especialistas do Moneyval mostraram sua satisfação porque "os poderes do ARF no âmbito da análise das declarações de operações suspeitas agora são muito mais claros".

Segundo as regras do comitê, a Santa Sé deve apresentar antes de dezembro de 2015 uma atualização das medidas tomadas para colocar em andamento suas recomendações.

A Santa Sé quer figurar na lista dos Estados acima de qualquer suspeita.

Há três anos, as estruturas administrativas e financeiras do Vaticano, entre elas o IOR, o Banco do Vaticano, estão sendo revisadas sistematicamente.

Além disso, devido à eleição do Papa Francisco em março, as reformas aplicadas se aceleraram.

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