Economia

Comércio varejista quer regulação para cartões

Brasília - As entidades ligadas ao comércio varejista vão pedir à bancada parlamentar que representa o setor no Congresso Nacional que seja feita a regulação na área de cartões de crédito, disse hoje (11) o presidente da Confederação Nacional dos Dirigentes Logistas (CNDL), Roque Pelizzaro Júnior. Segundo ele, o custo dos cartões no Brasil "é […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h42.

Brasília - As entidades ligadas ao comércio varejista vão pedir à bancada parlamentar que representa o setor no Congresso Nacional que seja feita a regulação na área de cartões de crédito, disse hoje (11) o presidente da Confederação Nacional dos Dirigentes Logistas (CNDL), Roque Pelizzaro Júnior. Segundo ele, o custo dos cartões no Brasil "é o mais alto do mundo e isso tem que ser levado a sério, uma vez que 18% de todas as transações efetuadas no país ocorrem por meio dos cartões".

Pelizzaro lembra que pesquisa feita no final do ano passado em seis grandes capitais, exceto São Paulo, revelou que 35% da inadimplência correspondia à falta de pagamento de faturas de cartões de crédito. "Depois que o Banco Central declarou sua incompetência para tratar do assunto, a solução é fazer uma regulação do setor pelo Poder Legislativo, a exemplo do que ocorre com as áreas mais importantes da economia", argumentou Pelizzaro.

Ele exemplificou que um comerciante gasta 4,5% dos seus custos com o sistema simplificado de pagamento de impostos das micro e pequenas empresas, o Supersimples, e, no entanto, paga 10% com o custo dos cartões. No sistema rotativo, não é só o consumidor que sofre oneração, mas também o comércio, disse o presidente da CNDL, para quem "é uma ilusão pensar que um pagamento com cartão não embute juros, onde a inadimplência sempre acontece no parcelamento de prazo maior, porque o risco é maior".

"O comerciante sempre embute o juro na divisão de parcelamentos, senão ele quebra", afirmou. O consumidor, por sua vez, tem mais facilidade de reduzir os preços quando paga à vista no varejo, pois, nas grandes lojas, isso não é possível, uma vez que a própria administração da redução de preços ficaria maior que o lucro.

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