Economia

Comércio teme perdas de até 30% por greve dos bancos

Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas mandou carta à Federação Brasileira dos Bancos pedindo um acordo para o fim da greve dos bancários


	Greve de bancários: como grande parte das empresas executam suas folhas de pagamento nesse período, a CNDL afirma que ele também responde por um dos momentos de maior consumo interno
 (Ricardo Moraes/Reuters)

Greve de bancários: como grande parte das empresas executam suas folhas de pagamento nesse período, a CNDL afirma que ele também responde por um dos momentos de maior consumo interno (Ricardo Moraes/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 3 de outubro de 2013 às 10h44.

São Paulo - A Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) mandou carta à Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) nesta quinta-feira pedido um acordo para o fim da greve dos bancários, estimando que o varejo possa sofrer perdas de até 30 por cento nos primeiros dias de outubro caso a paralisação se prolongue até o quinto dia útil do mês.

Como grande parte das empresas executam suas folhas de pagamento nesse período, a CNDL afirma que ele também responde por um dos momentos de maior consumo interno, com os trabalhadores fazendo operações financeiras após receberem seus salários.

"Se a greve se prolongar e alcançar o quinto dia útil do mês, o comércio pode sofrer perdas na ordem de 30 por cento no período", afirmou Roque Pelizzaro Junior, presidente da entidade, em comunicado.

A CNDL, que representa mais de 1,2 milhão de pontos de venda no Brasil, pressiona por um acordo imediato para o fim da greve, que começou em 19 de setembro.

Na véspera, o Comando Nacional dos Bancários anunciou a ampliação da paralisação com o fechamento de 11.156 agências e centros administrativos no país, número 81,5 por cento maior que o registrado no primeiro dia da greve, segundo o grupo.

No início de setembro, os trabalhadores rejeitaram em assembleias proposta de reajuste de 6,1 por cento formulada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). Eles reivindicam um aumento salarial de 11,93 por cento e participação nos lucros de três salários acrescido de 5.553,15 reais, entre outras demandas.

"Vamos reforçar ainda mais o movimento para quebrar a intransigência da Fenaban e arrancar uma proposta decente", disse coordenador do Comando Nacional e presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), Carlos Cordeiro, em comunicado no final da quarta-feira.

Procurada, a Febraban não se manifestou imediatamente nesta quinta-feira.

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