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Comércio mundial crescerá 3,3% em 2015, segundo OMC

OMC revisou para baixo suas estimativas anteriores para 2015, inicialmente de 5%, depois para 4,3% e finalmente para 3,3%

OMC revisou para baixo suas estimativas anteriores para 2015, inicialmente de 5%, depois para 4,3% e finalmente para 3,3% (Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 14 de abril de 2015 às 10h17.

Genebra - O comércio mundial se expandirá 3,3% em 2015 e 4% em 2016, segundo um relatório apresentado nesta terça-feira pela Organização Mundial do Comércio ( OMC ).

A OMC revisou para baixo suas estimativas anteriores para 2015, inicialmente de 5%, depois para 4,3% e finalmente para 3,3%.

Em relação a 2014, o número final também caiu frente ao esperado inicialmente, pois há um ano a projeção era de 4,7%, em setembro caiu para 3,1% e, finalmente, o número final foi de 2,8%.

Com este crescimento, 2014 foi o terceiro ano consecutivo em que a expansão comercial se expande menos de 3%. A média dos últimos três anos foi de 2,4%, longe do 6% do período anterior à crise.

"O crescimento do comércio foi decepcionante nos últimos anos em função de um crescimento mínimo do PIB mundial após a crise financeira internacional", afirmou em entrevista coletiva o diretor-geral da OMC, o brasileiro Roberto Azevêdo.

Além dos problemas indicados pelo diretor-geral, os economistas da OMC também apontam outros fatores que contribuíram negativamente para o crescimento, como as oscilações das divisas, especialmente uma valorização de 14% do dólar entre julho de 2014 e março de 2015.

Os especialistas também apontam o colapso dos preços do petróleo em 2014 (uma queda de 47% entre 15 de junho e 31 de dezembro), que afetou os lucros dos países produtores e por isso reduziu sua capacidade de importar.

O relatório destaca, no entanto, que a queda do preço do petróleo aumentou a capacidade aquisitiva de muitos países importadores, "por isso resta ver se a contínua queda dos preços do petróleo terá um efeito positivo ou negativo para o comércio mundial em 2015".

Azevedo disse que nos próximos anos o comércio deverá ter uma "lenta recuperação", mas que "com um crescimento econômico ainda frágil e com tensões geopolíticas esta tendência poderia ser facilmente derrubada".

Por enquanto, os economistas da OMC estimam que a expansão comercial em 2016 será de 4%.

O relatório indica que as exportações dos países em desenvolvimento cresceram mais que a dos países desenvolvidos em 2014 -3,3% e 2,2% respectivamente-, enquanto as importações dos países emergentes tiveram um comportamento oposto -2% ante 3,2% das economias ricas-.

As exportações mundiais só aumentaram 1,9% no primeiro semestre de 2014 com relação ao mesmo período de 2013, mas no segundo semestre o crescimento anualizado foi de 3,7%.

A pouca demanda de importações na União Europeia prejudicou consideravelmente o comércio mundial nos últimos anos, devido à grande participação da UE nas importações mundiais, de 32% em 2014 incluindo o comércio entre os países-membros da UE, e 15% o excluindo.

Para 2015, a previsão é de que as exportações das economias em desenvolvimento aumentem em 3,6% e as importações, 2,7%.

Sobre as economias desenvolvidas, espera-se um aumento de 3,2% tanto de suas exportações como de suas importações.

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Genebra - O comércio mundial se expandirá 3,3% em 2015 e 4% em 2016, segundo um relatório apresentado nesta terça-feira pela Organização Mundial do Comércio ( OMC ).

A OMC revisou para baixo suas estimativas anteriores para 2015, inicialmente de 5%, depois para 4,3% e finalmente para 3,3%.

Em relação a 2014, o número final também caiu frente ao esperado inicialmente, pois há um ano a projeção era de 4,7%, em setembro caiu para 3,1% e, finalmente, o número final foi de 2,8%.

Com este crescimento, 2014 foi o terceiro ano consecutivo em que a expansão comercial se expande menos de 3%. A média dos últimos três anos foi de 2,4%, longe do 6% do período anterior à crise.

"O crescimento do comércio foi decepcionante nos últimos anos em função de um crescimento mínimo do PIB mundial após a crise financeira internacional", afirmou em entrevista coletiva o diretor-geral da OMC, o brasileiro Roberto Azevêdo.

Além dos problemas indicados pelo diretor-geral, os economistas da OMC também apontam outros fatores que contribuíram negativamente para o crescimento, como as oscilações das divisas, especialmente uma valorização de 14% do dólar entre julho de 2014 e março de 2015.

Os especialistas também apontam o colapso dos preços do petróleo em 2014 (uma queda de 47% entre 15 de junho e 31 de dezembro), que afetou os lucros dos países produtores e por isso reduziu sua capacidade de importar.

O relatório destaca, no entanto, que a queda do preço do petróleo aumentou a capacidade aquisitiva de muitos países importadores, "por isso resta ver se a contínua queda dos preços do petróleo terá um efeito positivo ou negativo para o comércio mundial em 2015".

Azevedo disse que nos próximos anos o comércio deverá ter uma "lenta recuperação", mas que "com um crescimento econômico ainda frágil e com tensões geopolíticas esta tendência poderia ser facilmente derrubada".

Por enquanto, os economistas da OMC estimam que a expansão comercial em 2016 será de 4%.

O relatório indica que as exportações dos países em desenvolvimento cresceram mais que a dos países desenvolvidos em 2014 -3,3% e 2,2% respectivamente-, enquanto as importações dos países emergentes tiveram um comportamento oposto -2% ante 3,2% das economias ricas-.

As exportações mundiais só aumentaram 1,9% no primeiro semestre de 2014 com relação ao mesmo período de 2013, mas no segundo semestre o crescimento anualizado foi de 3,7%.

A pouca demanda de importações na União Europeia prejudicou consideravelmente o comércio mundial nos últimos anos, devido à grande participação da UE nas importações mundiais, de 32% em 2014 incluindo o comércio entre os países-membros da UE, e 15% o excluindo.

Para 2015, a previsão é de que as exportações das economias em desenvolvimento aumentem em 3,6% e as importações, 2,7%.

Sobre as economias desenvolvidas, espera-se um aumento de 3,2% tanto de suas exportações como de suas importações.

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